Allegro By Sara Gobbi / Share 0 Tweet Não é de hoje que as pessoas me perguntam sobre ballet de repertório. Afinal, o quê, cargas d’águas, viria a ser isso? Partindo do início, temos que repertório vem do latim repertoriu, que significa inventário. No dicionário encontramos ainda a definição – entre tantas outras – como sendo um conjunto de peças representadas por uma empresa teatral ou por um ator. Pois bem, levando o parágrafo acima em consideração, convido meu caro leitor a me acompanhar nessa "reflexão". A partir da definição do dicionário temos que ballet de repertório está associado a uma coleção de obras de uma determinada companhia. Sendo assim, então por que apenas algumas obras são consideradas de repertório? Essa explicação não faz muito sentido, certo? O que acontece é que ao longo do tempo algumas apresentações de ballet marcaram, fizeram história. Foram tidos como obras geniais e das mais bonitas. Exemplos? Don Quixote, Giselle, La Fille Mal Gardèe, Lago dos Cisnes, La Bayadère, entre muitos outros. O que essas obras têm em comum? Bom, todas elas foram montadas antes do século XX e todas contam uma história. O ballet de repertório, então, é um ballet que possui um repertório, uma história, a ser seguida, como vestimentas, gestos, passos, etc. São coreografias criadas minuciosamente para contar uma história. Tais obras são remontadas e remontadas por diversas companhias em todos os lugares do mundo, seguindo cuidadosamente – na maioria das vezes – os passos originais. Pode haver alguma mudança na sequência de passos para se adaptar ao estilo da comapanhia que a está apresentando, mas essa mudança não pode, de forma alguma, interferir na história. A importância desse estilo é tão grande que faz com que uma obra criada a mais de um século atrás não passe batida. São verdadeiros patrimônios da humanidade. Au revoir.