Ponta, meia ponta, ponta…


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Dias atrás perguntaram-me como era uma sapatilha de ponta. E qual a sua diferença para uma de meia ponta. E ainda o motivo pelo qual se via algumas bailarinas usando a ponta e outras não. E homens, não dançam na ponta? Dói? Enfim, colocar todas as perguntas que derivam de uma simples, não é muito viável. Vamos, então, fazer um resumão e esclarecer tudo.

A sapatilha chamada meia ponta é aquela bem flexível, que se vê nas aulas de ballet, jazz, e muitas outras. São fundamentais para iniciantes, ao passo que evitam o contato direto do pé com o chão e possibilitam uma maior precisão nos movimentos.

A chamada ponta é aquela mais dura, em geral feita de gesso – principalmente na parte dos dedos, a que chamamos caixa. Com ela temos a real possibilidade de ficarmos, literalmente, na ponta dos dedos – veja bem, eu disse dos dedos, não dos pés.

A sapatilha de ponta é tida como a maioridade das bailarinas. Ou seja, depois de muito treino para fortalecer o pé, principalmente, uma bailarina poderá subir na ponta. E todas, sem excessão, ficam doidas para que esse dia chegue.

A história da ponta é bem bonitinha, digamos: foi criada para dar leveza à bailarina, para que ela parecesse voar. Mas a beleza da história não exclui em nada o tamanho da dor. Sim, dói muito. Mas, ainda assim, é impossível tirar o prazer que se sente em cima de uma sapatilha de ponta.

A ponta ainda possibilitou a evolução da dança. Com ela foi possível criar os movimentos hoje conhecidos como pirueta e fouette.

E homens dançam na ponta? Bom, antigamente eu responderia com firmeza: Não! Homens, originalmente, dançam com sapatilhas meia ponta. A leveza fica por conta só da bailarina.

Mas, por que eu disse que antigamente eu responderia assim? Deixa eu tentar explicar dessa maneira: tem um grupo de ballet que anda dançando ballet de repertório por aí. E são homens. Todos homens. Isso mesmo, não estou brincando.

Les Ballets Trockadero de Monte Carlo são homens dançando, fazendo papeis de mulheres, usando sapatilha de ponta e vestidos. Representam muito bem, diga-se de passagem.

A companhia surgiu da iniciativa de alguns bailarinos que, cansados das cobranças rígidas das escolas em geral, decidiram fundar um grupo para representar obras consagradas, porém com um diferencial: o humor. É uma companhia que satiriza as escolas tradicionais, deixando os espetáculos mais divertidos do que nunca.

Por isso, hoje em dia, ponta não é coisa só de bailarina!

Au revoir

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Sara Gobbi