Este País, Alemanha By Solange Ayres / Share 0 Tweet 91 vitórias, sete títulos mundiais, 68 Pole Positions e 24.000 quilômetros à frente de seus concorrentes… Estas estatísticas não são para qualquer atleta. Ele era a segurança da vitória para os fãs alemães e do resto do mundo. O Schumacher tinha somente um concorrente: o próprio Schumacher. Michael Schumacher foi o fenômeno da Fórmula I até se aposentar do volante. Então ele sentiu saudades das pistas e resolveu voltar… Sua “volta” foi festejada e os fãs estavam eufóricos, isto foi notícia na imprensa mundial. A equipe Mercedes anunciou que estava na briga pelo título mundial e apresentou como estratégia de marketing o novo carro. Hum… Seis meses depois de seu “novo começo” e após 11 Grand Prixs , com 41 anos, o quase “vovô” da Fórmula I corre atrás do seu colega 16 anos mais novo que ele, Nico Rosberg. Os fãs estão sentindo a falta da “magia” Michael Schumacher. A gloriosa era Benetton 1991-1995 e posteriormente na Ferrari 1996-2006 passou, e a realidade é mais que dura: 15° na Espanha e 16° no Canadá, duas vezes 4º lugar e Schumi não está convencendo aos fãs que durante 15 anos o viram à frente de todos os seus concorrentes. Ah, mas ele se declarou: “Ich bin mit meiner fahrerischen Leistung sufrieden”, isto é, Eu estou satisfeito com o meu desempenho. Ele só não perguntou se os seus fãs estão satisfeitos com o seu desempenho e que dirá a escuderia Mercedes e seus patrocinadores, além de todo o circo que gira em torno da Fórmula I. E os ingressos para Hockenheimring não venderam lá essas coisas. E as transmissões ao vivo no domingão que davam um ibope de 10 milhões de espectadores, agora não passam de 5 a 7 milhões. As críticas vêm de todos os lados, e os experts acham que faz tempo que Schumacher está dirigindo em pista paralela. Seria a idade? Seus reflexos teriam diminuído? Depois da pausa de 3 anos ele teve que começar tudo de novo e claro dirigir um Fórmula I não é somente dirigir. Ele quase tem que “sentir” o carro e qualquer erro, por pequeno que seja, são segundos a menos que custa a vitória. Assim os 3 últimos anos em que ele ficou ausente das pistas agora faz a diferença, já que os seus jovens adversários estão literalmente há mais tempo “na estrada”. Na entrevista dada à imprensa em setembro de 2006 Schumi alegava que lhe faltava energia e motivação para continuar a dirigir em alto nível e encerrou sua carreira para a tristeza de seus fãs. Sua última corrida foi em outubro de 2006, justamente na terra ‘brasilis”, no autódromo de Interlagos em São Paulo, momento em que terminou a corrida em 4° lugar. Na época ao ser perguntado de um possível “comeback” ou volta ele resoluto disse: “A Fórmula I está sempre passando por mudanças: técnica, motores, regras, as pistas. Uma vez fora, você está fora” Talvez ele esteja assim como o Ronaldo, criticado por aqui: Ele já ganhou tudo e todas e está no Coríntias só para passar o tempo e o mesmo deve estar acontecendo com o Schumi. Só que o tempo está passando e os concorrentes não dormem. Os fãs estão esperando uma “mágica”: que Schumacher volte a pilotar como antes. Seu professor de auto-escola Karlheins Itzel, em entrevista para o jornal Motor Sport em 2006 disse que o Schumi sempre foi um aluno exemplar e respeitava o limite de velocidade. Ele se surpreendeu com a habilidade de seu aluno de dirigir e de seus rápidos reflexos ao volante. Ele sabia exatamente quando usar o acelerador e o freio. Numa das aulas de volante deu um susto do professor, em uma situação de perigo, demonstrou sua pronta reação ao pisar no freio. Pelo retrovisor Se no passado ele olhava seus concorrentes pelo retrovisor, agora ele é quem visto pelo retrovisor de seus concorrentes. E a imprensa está caindo de boca comentando a novaposição de Schumacher na Fórmula I, a de perdedor. Depois de largar num sofrível 14° lugar no Grande Prêmio da Hungria e na ânsia de não perder mais posições e ganhar um pontinho, Schumacher desta vez apertou o ex colega Rubinho Barriquelo contra o muro. Penalizado terá que largar no Grande Prêmio da Bélgica 10 posicões atrás, ai, ai. No seu site ele se desculpa: ”… das Manöver gegen ihn war zu hart” “a manobra contra ele foi dura” e finaliza: “ ich wollte ihnlogischerweise nicht gefärden mit meinem Manöver. Wenn er dieses Gefühl hatte, dann sorry, das war nicht meine Absicht”, “eu não queria colocá-lo em perigo com a minha manobra. Se ele teve este sentimento, desculpe, não foi o meu propósito”. Definitivamente, Michael Schumacher não é mais aquele. Mesmo que correndo apenas por correr, ele deve ter alguma dor de barriga ao ver seu compatriota Vettel da equipe Red Bull pela segunda vez vencer na Hungria, além de seu companheiro de equipe Mercedes, Nico Rosberg disputar a corrida sempre à sua frente e ocupar 7° lugar no campeonato mundial. Hoje tenho certeza que tanto seu ex-instrutor da auto-escola e os fãs querem vê-lo com o pé no acelerador. Ele até agora diz que quer manter os três anos de contrato com a Mercedes, então… Acelera Schumi! Aquí algumas sugestões para Schumi passar o tempo ao invez de se maltratar nas corridas e ser visto pelos seus colegas somente pelo retrovisor: Voltar pilotar como hobby go car, Ser conselheiro de fabricantes de carro, Fazer palestras beneficentes, Levar as crianças à escola, Comentador de Fórmula Um, como o Niki Lauda.