Arquimedes e a Cibercultura


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Um dia Arquimedes disse: “Dêem-me um ponto de apoio e eu moverei o Mundo”. E o objetivo deste post é justamente este: ser um ponto de apoio para que possamos “mover o mundo” e entender os fenômenos a cibercultura, como blogs, sistema P2P, arte eletrônica/digital, com uma seleção de colaboradores, entrevistas, informação, artigos e, o mais importante: a sua participação.

 

A configuração da cultura contemporânea é resultante da relação entre as tecnologias informacionais de comunicação e a sociabilidade, desenvolvidas em um novo terreno: o ciberespaço. Esta relação é a gênese da cibercultura, uma vez que o encontro entre tecnologia e sociedade modificou as dinâmicas sociais.

Para André Lemos, “as novas tecnologias de informação e comunicação alteram os processos de comunicação, de produção, de criação e de circulação de bens e serviços nesse início de século XXI trazendo uma nova configuração cultural”1.

Um dia Arquimedes disse: “Dêem-me um ponto de apoio e eu moverei o Mundo”. E o objetivo deste post é justamente este: ser um ponto de apoio para que possamos “mover o mundo” e entender os fenômenos a cibercultura, como blogs, sistema P2P, arte eletrônica/digital, com uma seleção de colaboradores, entrevistas, informação, artigos e, o mais importante: a sua participação.

Lemos estabelece três “leis” fundadoras da cibercultura:

 

1- Liberação do pólo de emissão – devido a novas ferramentas digitais, novas vozes e discurso puderem romper com ditadura do discurso dos mass media.

 

2- Princípio de conexão em rede – “tudo comunica e tudo está em rede” ou “a rede está em todos os lugares” e o computador é a própria rede, na concepção de Lemos.

 

3- Reconfiguração – o “novo” não significar aniquilar o “velho”, mas remediar, reconfigurar as dinâmicas e práticas sociais.

 

Cabe destaca que a cibercultura constitui um novo espaço antropológico, isso porque a convergência informática/telecomunicações na década de 1970, inaugurou um “novo tipo de organização sociotécnica que facilita a mobilidade no e do conhecimento, as trocas de saberes, a construção coletiva do sentido, em que a identidade sofre uma expansão do eu baseada na diluição da corporeidade, ou seja, o que se perde em corpo ganha-se em rapidez e capacidade de disseminar o eu no espaço-tempo”2 (SILVA, 2000, pg.153).

 

Estas são as considerações sociais. O ponto de apoio para mover o ciberespaço.

 

 

 

 

1CIBER-CULTURA-REMIX, disponível em http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/

2SILVA, Lídia O. A internet – A geração de um novo espaço antropológico, in Janelas do Ciberespaço, comunicação e cibercultura. Org. André Lemos. Porto Alegre: Sulinas, 2000.

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Yuri Almeida