Backup de fotos, indispensável na era digital

Nossas velhas fotos dos tempos da fotografia analógica estavam sujeitas a perda: o papel envelhece, os álbuns emboloram, os negativos somem. Nesses casos, quase sempre a perda não tinha reparo: poucas pessoas organizavam adequadamente negativos, sem contar que cópias extras em papel sempre foram caras. O advento da fotografia digital nos trouxe novos riscos: vírus que apagam dados do computador, discos rígidos que pifam, ou mesmo apagamento acidental por ação do usuário. Por outro lado, existe hoje enorme facilidade para se criar backups de nossas fotografias, conforme veremos no artigo a seguir.

Backup é o nome dado a cópia preventiva de uma base de dados. Em caso de perda de dados, o backup permite a restauração da informação à situação original.

O advento da fotografia digital tornou o backup das fotos uma prática necessária, mesmo para fotógrafos de fim de semana. Afinal, os meios de armazenamento de informação digital são freqüentemente falhos.

Claro, nossas velhas fotos dos tempos da fotografia analógica também estavam sujeitas a perda: o papel envelhece, os álbuns emboloram, os negativos somem. Nesses casos, quase sempre a perda não tinha reparo: poucas pessoas organizavam adequadamente negativos, sem contar que cópias extras em papel sempre foram caras.

Por um lado, a era digital nos trouxe novos riscos: vírus que apagam dados do computador, discos rígidos que pifam, ou mesmo apagamento acidental por ação do usuário. Por outro lado, existe hoje enorme facilidade para se criar backups de nossas fotografias. Já passei pela experiência de ter um disco rígido pifado e não perder nenhuma entre as milhares de fotografias que eu tinha armazenadas. Algumas dicas:

1) Regra de ouro: nunca se contente em ter apenas o original do arquivo da foto, seja qual for o meio utilizado.

2) Estabeleça (e siga) regras para o backup de suas fotos. Essas regras devem ser definidas levando-se em conta suas necessidades e seus equipamentos.

3) Defina modos de organização das fotos que facilitem buscas posteriores. Para isso, pode ser útil renomear arquivos, distribuí-los por pastas agrupadas por tema ou inserir informações no EXIF. Cuidado: todas essas ações são preliminares ao procedimento do backup. Do contrário, você pode ter a mesma foto com nome diferente no backup, o que é nada prático – por exemplo, a mesma imagem como “Rio_de_Janeiro_0712.jpg” e “DSC_2039.jpg”.

4) Para quem tem o hábito de fazer tratamento das fotos, convém também fazer backup da foto original, e não apenas da foto tratada. Afinal, nada impede que posteriormente você queira, por exemplo, trazer as cores de volta a uma belíssima foto que foi convertida para preto e branco.

5) Procure armazenar as cópias de backup em ambientes diversos. Se você deixar no escritório o backup das fotos armazenadas no computador de sua casa, em caso de incêndio seu backup não será queimado junto com os originais.

6) Para o caso de backup realizado em CD ou DVD, use discos de qualidade. Cuidado com CDs e DVDs de procedência suspeita; podem ser falsificados.

7) Acredite: CDs e DVDs não são eternos. Mesmo que fossem, estariam sujeitos a extravio, riscos na superfície, ou mesmo incêndio.

8) Cópias cruzadas entre dois computadores são mais seguras quando os dois computadores não estão conectados à mesma rede.

9) Computadores utilizados por múltiplos usuários são intrinsecamente inseguros. Nunca se sabe se alguém não vai apagar os arquivos alheios.

10) Ao armazenar fotos no computador, valha-se de antivírus e firewall atualizados.

11) Nem pense em armazenar as fotos em serviços de álbuns na internet, em especial os gratuitos. Afinal, nada impede que a empresa que faz a hospedagem interrompa o serviço ou sofra perda dos arquivos.

A título de curiosidade, o meu procedimento. No meu caso específico, só fotografo em RAW (RAW é um formato proprietário de arquivo de imagem, que depois converto para o comum JPG). Esses arquivos RAW ficam em meu computador apenas de passagem. Armazeno todos os meus JPG no próprio computador. Faço assim:

a) Ações antes do backup

– Copio as fotos, ainda no formato RAW, do cartão de memória para o HD (hard disk, disco rígido) do computador.
– Ainda em RAW, seleciono as fotos boas (as ruins irão para o lixo).
– Renomeio os arquivos RAW.
– Acerto parâmetros do RAW e converto para JPG.
– Distribuo as fotos em JPG por assuntos em pastas classificadas por assunto.
– Transporto os arquivos RAW para uma pasta específica, exclusiva para os arquivos desse tipo.

b) Backup de arquivos RAW:
– Transporto os arquivos RAW para um DVD-RW.
– Sempre que tenho RAWs suficientes, gravo todos, em duas cópias, em DVD-R. Depois disso, apago os mesmos RAWs no computador e nos DVDs-RW anteriormente gravados. Quanto aos dois DVD-R idênticos, deixo um em minha casa e outro no escritório.

c) Backup de arquivos JPG:
– Uma vez por mês, conecto ao computador um HD externo e copio todos os arquivos JPG. No procedimento de cópia, primeiro faço o novo backup, em um novo diretório do HD externo, e só depois apago o backup anterior, localizado em outro diretório do HD externo.
– Desconecto do computador o HD externo, e o deixo este HD guardado até o próximo backup.

Onde meu método de backup fura: no caso de perda do HD, terei os RAWs originais, mas perderei as fotos por mim tratadas desde o último backup de JPG. Em caso de problemas, por certo terei um trabalho extra; por outro lado, o backup dos arquivos JPG em maior freqüência – por exemplo, semanal – demandaria bastante trabalho extra da minha parte. Enfim, uma opção consciente, analisando riscos, custo e benefício.

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Ricardo Montero