What's the craig By Keila Vieira / Share 0 Tweet É só seguir a Grafton Street, a rua para pedestres com suas pedras vermelhas. Uma de minhas primeiras aventuras sozinha para o centro da cidade não foi pelo turismo em si. Geralmente eu fiz turismo acompanhada por um grupo multi-étnico, todos com os seus devidos mapas em mãos. Não me preocupei muito em aprender, deixava que eles me guiassem porque não gosto muito da situação de abrir um mapa no típico clima irlandês. É quase um desafio adquirir o controle sobre o quadrado de papel. Assim, em minha primeira aventura pelas ruas do centro o desafio era chegar na “Trinity College”, que é a principal universidade de Dublin. Depois de rodar o quarteirão e entrar em duas ruas completamente erradas eu desisti e esperei. Esperei escutar alguém falando em português. Ouvir o português nas ruas de Dublin é muito fácil. Desde que estou aqui parece que o número, principalmente, de brasileiros que se mudam para cá aumentou. E desde que eu estou aqui se preciso de alguma ajuda entro em algum lugar ou espero alguns minutos que sempre encontro algum brasileiro. Nessa história foi isso o que fiz e me encontrei com três brasileiros. Perguntei: Como faço para ir para o Trinity College? É só seguir a Grafton Street, a rua para pedestres com suas pedras vermelhas. A Grafton Street é a rua mais cara de Dublin. Não tenho muito idéia do quanto, porque nunca me arrisquei a comprar nada do que fosse além do que um copo de café ou sanduíche por lá. Mas, ao lado do Temple Bar é um lugar que me agrada. A sua extensão deve ser de no máximo uns 3 quarteirões e ao longo desse caminho nos encontramos com apresentações de artistas de rua com variadas diversificações. Desde estátuas humanas que se congelam para imitar um guerreiro mongol ou um monumento grego, um vaso de flores a um manequim esquecido em um monte de sucatas a músicos que se apresentam com instrumentos eruditos, modernos ou étnicos. Os irlandeses valorizam esse tipo de trabalho tanto que não é só na Grafton Street que presenciamos isso. Na verdade, é por quase toda a região central. E ainda, no verão eles promovem um festival de performances em que muitos desses artistas se apresentam e ganham um reconhecimento maior. Além de outros que chegam de outros países para mostrarem como é o seu trabalho nas ruas de outras cidades. É uma pena que ainda não tenha visto nada do universo contemporâneo brasileiro ou, pelo menos, nada que fugisse ao convencional como capoeira ou mulata sambando.