Share A imagem da imagem By Marcos Schmidt / O real é traumático, e passa a ser cada vez mais traumático na medida em que é empurrado para trás pelas telas de iPhones e assemelhados. A avalanche de imagens que soterra o real serve como um anteparo que nos preserva desse trauma. Não é um anteparo perfeito, entretanto. Há buracos e rachaduras pelos quais […]
Share Notas sobre uma missa negra By Marcos Schmidt / Em menos de dois anos, duas missas negras foram perpetradas pelo Congresso brasileiro: certamente ninguém ataca a democracia brasileira com tanta ferocidade quanto os três poderes da República. Mas esses dois últimos espetáculos são notáveis por outros aspectos que não o resultado em si mesmo. Algumas notas: Sobre as imagens: que espetáculo dantesco, diria Castro […]
Share Punk x Igreja Universal By Marcos Schmidt / O que é o punk? Faço a pergunta a meus amigos que percebo simpáticos à causa. Pergunto de outro modo, na verdade: O punk é imagem? Claro que não – respondem – a imagem é parte da ideologia, mas o punk é muito mais do que isso. O punk é música? Não! É muito além […]
Share O espírito de Goebbels está entre nós By Marcos Schmidt / Consta que esta fotografia foi tirada logo após Goebbels ser informado de que o fotógrafo era judeu. Há outras versões da história. A mais provável é que Goebbels soubesse quem era o fotógrafo, Alfred Eisenstaedt. Até então, o ministro da propaganda nazista entabulava, sorridente, uma conversa com os presentes no jardim do Hotel Carlton, em […]
Share As palavras, a biografia e a imagem By Marcos Schmidt / Ezra Pound chama de fanopeia a imagem que o texto poético produz na mente do leitor. Lemos um verso. Ao fazê-lo, ouvimos sua melodia e seu ritmo, apreendemos algumas das ideias ali contidas, e criamos uma imagem. É, sem dúvida, um ato mágico: a palavra, que é som, transmutando-se em ideias e imagens. Thomas Bernhard, […]
Share Da máscara mortuária ao selfie By Marcos Schmidt / Esse est percipi (ser é ser percebido) George Berkeley O leitor há de me perdoar caso o assunto se lhe pareça mórbido ou de gosto duvidoso, mas tratar das coisas do nosso passado distante pode, quem sabe, iluminar um pouco a escuridão dos nossos dias. É Regis Debray quem afirma que a primeira experiência […]