O fim do crescimento econômico?


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A economia internacional apresentou a maior recessão dos últimos 75 anos em 2009, quando o PIB mundial caiu 0,7%, enquanto a população crescia em torno de 1% ao ano. Muitos analistas passaram a questionar a capacidade de retomada da economia.

Mas no ano de 2010, segundo dados do FMI, a economia mundial cresceu 5,2% e animou os otimistas que viam a recessão de 2009 apenas como um ponto fora da curva. No iníco de 2011 várias consultorias internacionais lançaram relatórios com projeções elevadas de crescimento econômico até 2050. A idéia geral é que a economia internacional cresceria em torno de 4% ao ano, sendo 2,5% para as economias avançadas e 6% ao ano para as economias emergentes.

Neste cenário otimista haveria convergência de renda entre os países ricos e pobres já que os segundos cresceriam bem mais do que os primeiros. Os fatores demográficos ajudariam, pois enquanto as economias avançadas apresentam uma população envelhecida, os países emergentes ainda podem colher os frutos do bônus demográfico de uma estrutura etária jovem.

Porém, o ano de 2011 não apresentou o desempenho esperado e a economia mundial cresceu abaixo de 4%, apresentando forte desaceleração no último trimestre do ano. A crise ficou particularmente forte na Europa e nos países chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). Além disto, existe muitas dúvidas sobre a possibilidade de continuidade do Euro. O fim da moeda única na Europa e um agravamento da recessão européia poderia jogar o mundo em uma outra recessão. Ao mesmo tempo, isto frearia a locomotiva chinesa, com efeito no resto do mundo.

Em janeiro de 2012, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em seu relatório semestral, reduziu suas previsões de crescimento da economia mundial, apontando um crescimento abaixo de 3% ao ano. Para os 34 membros da OCDE as previsões passaram para 1,9% em 2011 e 1,6% em 2012, bem abaixo dos 2,3% e 2,8% anteriores. A OCDE alertou para os possíveis efeitos de um default desordenado da dívida pública, ou uma ruptura do euro, que teriam graves consequências em todo o mundo. Para os EUA, a previsão atual é de crescimento de  2% em 2012, ante os 3,1% anteriores.  

Também em janeiro o Banco Mundial apresentou relatório com projeção de crescimento da economia mundial de apenas 2,5% em 2012, já que a crise européia e o menor crescimento dos EUA afetará os países em desenvolvimento, como Brasil, Índia, Rússia, África do Sul e Turquia), além de desacelerar a economia chinesa.

Por fim, no dia 24 de janeiro, o FMI também rebaixou suas previsões de crescimento da economia mundial para 3,3% em 2012, ante mais de 4% do relatório anterior.

Portanto, as principais instituições econômicas internacionais estão prevendo menor crescimento da economia nos próximos anos. Mas, passada a crise, haverá recuperação?

Esta é a questão mais debatida na atualidade. Cada vez surgem mais analistas dizendo que a humanidade já ultrapassou os limites de exploração do Planeta e que o crescimento está ficando “deseconômico”. Neste sentido, continuar aumentando a produção e o consumo apenas vai trazer mais prejuízos e menos beneficios. Será que estamos caminhando para o “Estado Estacionário”? Será o fim do crescimento econômico?

 

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José Eustáquio Diniz Alves