Redundâncias


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– Existe uma cidade chamada Vitória da Conquista, não?

– Sim. É muito perto de Salvador, meio satélite. É como se fosse o ABC paulista em relação a São Paulo. – disse Nani.

– Eu estava pensando nesse nome: Vitória da Conquista. É redundante, não é? O que diabos vem a ser uma vitória de uma conquista?

– Rapaz, taí. Tem razão. É um nome bem redundante mesmo. O interessante é que o contrário, Fracasso da Derrota, não é redundante.

– Existe uma cidade com esse nome?

– Sei lá. Estou analisando do ponto de vista meramente semântico. 

– Certo. 

– O fracasso da derrota, no meu entendimento, é a vitória. Se a derrota fracassou, então ela foi vitoriosa. 

– O mais interessante é que o oposto de vitória da conquista é o fracasso da derrota que, por acaso, vem a ser a vitória. 

– Sim, mas uma vitória simples. Não uma vitória da conquista. 

– Acho que é o primeiro caso de antônimo que… peraí. A gente pode usar antônimo para uma expressão ou só vale se for para uma palavra?

– Acho que podemos usar para expressão. Pelo menos no nosso caso aqui da vitória da consquista.

– Pois bem, acho que é o primeiro caso de que antônimo que não existe a regra do vice-versa.

– Como assim?

– Ué, o contrário de vitória da conquista é fracasso da derrota. Mas o contrário de fracasso da derrota não é vitória da conquista, mas uma vitória simples, até meio chocha. 

– Chocha é uma palavra legal. É com xis ou com cê agá?

– Acho que com xis. Mas não é certeza. De qualquer forma, voltemos à vitória chocha. Não é interessante o vice-versa não funcionar nesse antônimo?

– É sim. Por que será, hein?

– Não sei, mas agora estou pensando em outras expressões, seus opostos e significados. 

– E mais: vitória da conquista pode ser redundante, mas também pode ser considerada uma hipérbole, eu acho. É uma super-ultra-vitória. 

– Qual o contrário de troco do trocado?

– R$ 100.

– R$ 100?

– É. Pensei em pagamento redondo em nota alta. Como não lembro de uma nota mais alta que de R$ 100, acho que ela é o oposto de troco do trocado.

– Cansaço da fadiga.

– O que tem?

– O oposto. Qual é o oposto?

– Não sei. Mas pelos meus cálculos, o significado não é nada bom.

– Como assim?

– Pensa em cansaço da fadiga. Se chegou no ponto que até a fadiga cansou, então fodeu. O significado é morte. Certeza.

-Unha do Dunha.

– O que significa?

– Não sei. Não tem a ver com o assunto. É que eu gosto muito de falar Unha do Dunha. Faz um barulhinho agradável na boca. Unha do Dunha. Repete.

– Unha do Dunha.

– E aí?

– Gostei. 

– Agora repete exaustivamente até as palavras perderem o sentido completamente. Isso é legal também.

– Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha.

– E aí, perderam?

– Se a gente considerar que Unha do Dunha não faz qualquer sentido, podia ter falado somente uma vez.

– E por que não o fez?

– Porque é gostoso mesmo falar essa porra. Unha do Dunha.

– Existe uma cidade chamada Vitória da Conquista, não?

– Sim. É muito perto de Salvador, meio satélite. É como se fosse o ABC paulista em relação a São Paulo. – disse Nani.

– Eu estava pensando nesse nome: Vitória da Conquista. É redundante, não é? O que diabos vem a ser uma vitória de uma conquista?

– Rapaz, taí. Tem razão. É um nome bem redundante mesmo. O interessante é que o contrário, Fracasso da Derrota, não é redundante.

– Existe uma cidade com esse nome?

– Sei lá. Estou analisando do ponto de vista meramente semântico. 

– Certo. 

– O fracasso da derrota, no meu entendimento, é a vitória. Se a derrota fracassou, então ela foi vitoriosa. 

– O mais interessante é que o oposto de vitória da conquista é o fracasso da derrota que, por acaso, vem a ser a vitória. 

– Sim, mas uma vitória simples. Não uma vitória da conquista. 

– Acho que é o primeiro caso de antônimo que… peraí. A gente pode usar antônimo para uma expressão ou só vale se for para uma palavra?

– Acho que podemos usar para expressão. Pelo menos no nosso caso aqui da vitória da consquista.

– Pois bem, acho que é o primeiro caso de que antônimo que não existe a regra do vice-versa.

– Como assim?

– Ué, o contrário de vitória da conquista é fracasso da derrota. Mas o contrário de fracasso da derrota não é vitória da conquista, mas uma vitória simples, até meio chocha. 

– Chocha é uma palavra legal. É com xis ou com cê agá?

– Acho que com xis. Mas não é certeza. De qualquer forma, voltemos à vitória chocha. Não é interessante o vice-versa não funcionar nesse antônimo?

– É sim. Por que será, hein?

– Não sei, mas agora estou pensando em outras expressões, seus opostos e significados. 

– E mais: vitória da conquista pode ser redundante, mas também pode ser considerada uma hipérbole, eu acho. É uma super-ultra-vitória. 

– Qual o contrário de troco do trocado?

– R$ 100.

– R$ 100?

– É. Pensei em pagamento redondo em nota alta. Como não lembro de uma nota mais alta que de R$ 100, acho que ela é o oposto de troco do trocado.

– Cansaço da fadiga.

– O que tem?

– O oposto. Qual é o oposto?

– Não sei. Mas pelos meus cálculos, o significado não é nada bom.

– Como assim?

– Pensa em cansaço da fadiga. Se chegou no ponto que até a fadiga cansou, então fodeu. O significado é morte. Certeza.

-Unha do Dunha.

– O que significa?

– Não sei. Não tem a ver com o assunto. É que eu gosto muito de falar Unha do Dunha. Faz um barulhinho agradável na boca. Unha do Dunha. Repete.

– Unha do Dunha.

– E aí?

– Gostei. 

– Agora repete exaustivamente até as palavras perderem o sentido completamente. Isso é legal também.

– Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha, Unha do Dunha.

– E aí, perderam?

– Se a gente considerar que Unha do Dunha não faz qualquer sentido, podia ter falado somente uma vez.

– E por que não o fez?

– Porque é gostoso mesmo falar essa porra. Unha do Dunha.

Leia no blog de origem: Dois vezes Um

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