O Milan, a Ignorância e a Burrice


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Acabou ontem pela manhã o reinado do Internacional como Campeão Mundial. O novo rei é o Milan. A decisão contra o Boca Juniors foi uma grande partida, marcada pela atuação excêntrica de dois técnicos que propuseram escalações incompreensíveis, um com medo do outro.

Acabou ontem pela manhã o reinado do Internacional como Campeão Mundial. O novo rei é o Milan. A decisão contra o Boca Juniors foi uma grande partida, marcada pela atuação excêntrica de dois técnicos que propuseram escalações incompreensíveis, um com medo do outro.

Russo retirou os dois excelentes articuladores Ledesma e Gracián, deixando Palácio e Palermo lutando sozinhos contra a defesa milanesa. Sua provável estratégia seria a de segurar o Milan para tentar algo nos contra-ataques, mas Kaká destruiu a primeira parte do plano. Jogou demais. Mas a postura do Boca, de extrema cautela, foi um imperdoável exagero. O Inter do ano passado, por exemplo, fazendo a final contra o Barcelona e adotando também um esquema defensivo, escalou três jogadores em seu ataque: Fernandão, Iarley e Alexandre Pato. Já Ancelotti inverteu laterais e conseguiu deixar Maldini, 39 anos, marcando o jogador mais veloz do Boca, Palacio.

Eu sempre acho incríveis estas definições dos treinadores. É claro que eles treinam durante toda a semana e sabem muito mais a respeito de cada atleta; é claro que o futebol não se resume a escalações – há que ser dada uma dinâmica ao time; é claro que tanto Ancelotti como Russo são notáveis em outros itens, mas parece que assistir tantos treinamentos acaba por turvar a visão de algumas coisas óbvias. São raros os que não tomam atitudes polêmicas.

Como destaque, tivemos a transmissão da Rede Globo. Além das bobagens de sempre proferidas pelo infame Galvão Bueno, a retaguarda conseguiu cometer a grande imbecilidade de colocar música napolitana como fundo musical da grande conquista. Acontece que os milaneses, lombardos como os que fundaram o Internacional de Porto Alegre, detestam os napolitanos, da Campagna. Nada mais inadequado. Ignorância.

Por falar em técnicos, o Manchester United venceu o clássico contra o Liverpool através de um gol surgido de jogada ensaiada. O gol de Tevez demonstra um fato irrepetível no Brasil. Ferguson, que está à frente do Manchester desde 1986, comanda sua equipe com mão de ferro. Os movimentos são ensaiados e todos detalhes são considerados e avaliados. No Brasil, temos aquela besteira da perda de comando do vestiário… Os treinadores se desgastam com seus jogadores, diretores, torcida e imprensa; assim, depois de alguns meses, tem que sair. Na Inglaterra isto não acontece e tanto Ferguson quando Wenger, do Arsenal, adquirem confiança e conhecimento sobre o grupo. Aqui, a continuidade não tem tempo de mostrar se é produtiva.

Creio que esta cultura do descarte faz parte de um perfil americanizado de resultados imediatos. Há intolerância para com as falhas. Em outras palavras, é burrice.

Porém, este já é outro tema.

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Milton Ribeiro