Pato é gênio


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No jogo em que a Seleção Brasileira comemorava 50 anos do seu primeiro título mundial, uma estrela brilhou mais alto, a de Alexandre Pato. No jogo da estréia do avante, um golaço deu a vitória ao Brasil e o deixou na companhia de Pelé, Zico e Rivaldo, os únicos que também marcaram na primeira partida vestindo a amarelinha. Dunga pede calma, mas é impossível qualquer medida cautelosa nesse momento. Pato é fora de série. Muito fora de série.

Tive a felicidade de ver os primeiros jogos de Pato como profissional. Colorado e, por conseqüência, freqüentador assíduo do Beira-Rio, acompanhei os primeiros passos desse que será, sem sombra de dúvida, um dos maiores da história do futebol. Desde sempre demonstrou isso. É craque. Tem personalidade de craque, jeito de craque, habilidade de craque, potência de craque, e, principalmente, estrela de craque.

Não fosse essa estrela, Pato não teria estreado marcando gols em momentos tão importantes e marcantes na sua recente e breve carreira. No Internacional, estreou como profissional em novembro de 2006, contra o Palmeiras no Parque Antártica. Lá, acabou com o jogo. Participou de todos os quatro golos colorados, deixando o dele, obviamente. Não satisfeito, na primeira partida do Internacional no Mundial de Clubes, fez o primeiro golo alvirrubro no Japão, contra o Al-Ahly. Já na Itália, debutou pelo Milan no San Siro lotado, que ovacionava o novo fenômeno do futebol. Fez uma partida de exceção e marcou um belíssimo golo.

E, na Seleção Brasileira principal, Pato estreou como está acostumado: fazendo gol. E que gol. Só precisou de pouco mais de dez minutos em campo. Substituiu Luiz Fabiano e em um lance de extrema destreza, pressionou o goleiro em uma bola que Robinho provavelmente julgaria perdida, forçando o erro do adversário. Com a bola no seu controle, Pato girou, e de costas para o gol acertou um chutaço de perna canhota, fazendo com que a bola fizesse em seu trajeto um arco certeiro, fulminante para cair precisa dentro do golo. Foi genial. Não olhou para o golo. Reparem bem ao analisar o lance. Ele olha única e exclusivamente para a bola. É lance de muita habilidade, de quem conhece os caminhos e as nuances do futebol. Craque absoluto.

No término da partida foi cercado por inúmeros jornalistas, que já aprenderam a reverenciar Pato. Prova disso foi a repercussão do lance. Em toda a Europa o assunto foi o mesmo hoje. A brilhante estréia de Pato na Seleção Brasileira e a afirmação de um novo héroi. Aqui, a Globo provou que já escolheu Pato para o novo ídolo brasileiro. O que faz todo sentido. Ele é, realmente, um cara diferenciado, dentro e fora de campo. A emissora deixou uma câmera cuidando de Pato durante toda a partida. E, certamente não foi a aúnica. Nas reportagens que estão veiculando desde ontem, Pato é exaustivamente comparado a Pelé. Exagero? Talvez não. Só o tempo dirá.

Pato, pouco esperto, comemorou o seu golo de forma muito criativa: com o conhecido soco no ar de Pelé. Pode ter sido lance de marketing, ato pensado e repensado pelas pessoas que o orientam (e muitíssimo bem por sinal). Mas tenho certeza que arrepiou muita gente. E se foi mesmo uma estratégia dele, para mim, pouco importa. Caí como um Patinho.

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Guilherme Carravetta