Impromptu: Michael Jackson está morto: e daí ? (ii)


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Mais sobre o patético fim de MJ

Como Marcelo Camacho, também não reconheço qualquer gênio em MJ, que foi não mais do que alegoria apoteótica da linha de fabricação em que consiste o pop.

Seus patéticos familiares (viram o desfile de Versace em LA ?), herdeiros e titulares do espólio (a quem pertencem, afinal, os direitos sobre MJ, a quem, by the way, já pertenceram os direitos sobre os Beatles ?) devem estar a negociar, a estas horas, quem comporá a ópera pop Mike, de enredo faustiano e ares de Fantasma da Ópera, cujo herói entrega ao danado a própria infância em troca da perpetuação da mesma.

Mitos pop são imagens que, das duas, uma: ou se regeneram – como, por exemplo, Madonna, Xuxa, ou La Jolie por meio de amparo humanitário à infância – ou então se auto-consomem. É, assim, didático especularmos sobre qual seria o valor de mercado de MJ se tivesse, hipoteticamente, destinado a causas beneméritas uma ínfima fração dos recursos dissipados em favor de uns poucos amiguinhos em Neverland.

 

Esta micro-crônica, em sequência a minhas ruminações anteriores sobre o tema, nasceu como comentário ao comentário In-Gênio, de Marcelo Camacho, à crônica Caminhar, branco e criança, na lua, de João Grando. Ponto de vista semelhante é mais detalhadamente expresso em Death becomes them por Norman Lebrecht.

Update 20/7/09: nova reflexão acerca do interesse midiático sobre a morte de MJ – desta vem em contraponto ao cinquentenário de Kind of Blue – em Michael Jackson está morto: e daí ? (iii).

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Augusto Maurer