Já vão três anos…


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Esta semana se completam 3 anos de atividade d’O Pensador Selvagem.

Oficialmente, as coisas começaram dia 9 de dezembro de 2007, com um editorial do Rafael Reinehr remetendo à noção de rizoma em Mil platôs, de Deleuze/Guattari.

De lá pra cá o primeiro editorial já foi acessado quase 6 mil vezes. Mais 118 editoriais foram escritos (119 com esse), os colunistas foram chegando.

Se pesquisei direito, os mais antigos são:

Solange Ayres, que inaugurou logo em 10 de dezembro sua coluna sobre a Alemanha, mostrando um aspecto da cultura de lá que talvez seja o mais estranho para nós brasileiros: a aversão às crianças, e a proibição de seu barulho e algazarra. De lá pra cá nossa sagaz correspondente escreveu mais 55 crônicas desse país tão fascinante e intrigante.

O engenheiro Henrique Cruz, que começou em 15 de março de 2008 a coluna Fundamentos, destinada à divulgar o pensamento da matemática.

O prof. José Eustáquio Diniz Alvez, que inaugurou a coluna Demografia em 18 de maio de 2008 com este texto explicativo sobre demografia, estabelecendo um interessante contraponto entre a visão positiva estabelecida por Condorcet (mais população = mais riqueza) e a negativa proposta por Malthus (crescimento = pobreza e doenças). De lá pra cá ele já escreveu mais 130 artigos, que suspeito que sejam a principal fonte de conhecimento confiável sobre demografia na internet em português.

O nosso heróico editor, e os três heróicos colunistas mantiveram o portal ativo, e continuam dando sua contribuição até hoje.

Mas acredito que o rizoma proposto pelo Rafael Reinehr em 2007 está mais próximo de se tornar realidade agora.

Uma passada de mouse pela barra superior do portal irá revelar que, além dos editoriais (com três autores se revezando), O Pensador Selvagem tem hoje 26 colunistas e 30 blogs. Um melhor do que o outro. Gente que vai construindo um emaranhado de coisas ainda meio desconectadas, mas que vão formando múltiplas possibilidades de conexões. Gente que continua acreditando na proposta de um pensamento fora do controle, fora do esquema. Questionadores, importunadores, delirantes, utópicos, felizes.

Gente que mesmo sem tempo para nada dá um jeito de arranjar tempo para escrever, compartilhar conhecimento, instilar novas idéias, prestigiar propostas ensandecidas.

Não só os colunistas e blogueiros, claro, mas cada um de vocês que vem ler essas coisas por aqui. Que tuíta ou compartilha nas redes sociais. Que envia por e-mail. Que escreve um comentário, discute, contribui. (Aliás, vocês precisam conhecer o Fórum de debates que foi aberto há pouco.)

Bem. É isso.

Três anos de OPS – alguma história para contar mas, sobretudo, muitas perspectivas para o futuro: um futuro cada vez menos dominado pelos grandes media (empresas de comunicação) e cada vez mais aberto à participação pulverizada de cada um de nós. No fim, deve ser pra isso que serve a tecnologia da informação: tirar a informação do controle de certos grupos, e construir uma gigantesca arena pública, montar uma para-sociedade embrionária completamente anárquica (no melhor sentido que tem esse conceito), onde igualdade, liberdade, justiça, fraternidade, bem-estar possam ser muito mais do que um sonho distante: uma realidade bem presente, que iremos espalhando aos poucos até dominar o mundo.

About the author

André Egg

Músico, historiador e crítico. Professor da UNESPAR. Colaborador do PPGHIS-UFPR. Organizador do livro Música, cultura e sociedade. Página pessoal em http://andreegg.org