Sem Açúcar By Patrícia Louzada dos Anjos / Share 0 Tweet Warning: array_rand(): Array is empty in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 280 Notice: Undefined index: in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 281 Realizamos uma breve entrevista virtual com o historiador Augusto Patrini Menna Barreto Gomes. Encaminhamos a ele três perguntas breves e sucintas sobre cinema e política, estas seguem abaixo, juntamente às respostas: [Paty] 1. Gostaria que me falasse quais relações possíveis você vê entre cinema e política? [Augusto] Penso que na medida em que tudo tem um conteúdo político, todo cinema é político, inclusive aqueles filmes considerados de entretenimento, diversão ou de baixa qualidade. Filmes para o grande público “vendem”, assim como os filmes “engajados” idéias políticas e concepções de mundo, geralmente atreladas ao pensamento hegemônico e ao funcionamento do sistema social e econômico vigente. É muito importante para o sistema dominante vender aos grupos sociais e indivíduos, seu modo de vida, e garantir a aceitação passiva dos mecanismos de manipulação e aprisionamento (trabalho, consumo etc) Já os chamados filmes engajados são filmes que pretendem evidenciar estes mecanismos de manipulação, opressão e/ou exploração. Partem de um ponto de vista eminentemente crítico para levar as pessoas que o assistem a uma reflexão crítica. [Paty] 2. Quais as diferenças entre estas e cinema panfletário? [Augusto] Penso que a diferença entre cinema político e cinema panfletário é justamente que o primeiro partindo de uma perspectiva crítica não tenta impor uma visão de mundo, mas fazer com que as pessoas pensem autonomamente. Já o cinema panfletário pretende “provar” ou impor uma verdade. [Paty] 3. Quais encadeamentos tais obras podem desenvolver na sociedade? [Augusto] Assim como o mundo material atua sobre o mundo das idéias, as idéias e suas representações atuam sobre o mundo econômico e social. Cinema, assim como idéias, pode estimular o pensamento crítico, propor transformações e alterar cenários. No limite, todo tipo de cinema ou representação traz conseqüência para o mundo cultural e social. – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – Augusto Patrini Menna Barreto Gomes “É Historiador pela USP (2009), comunicólogo e jornalista pela UTP (2002). Mestrando na USP em História Social, na área de Teoria e filosofia da História.Também atua na área de história da cultura intelectual. Tem cursos em língua, cultura e história francesas na Université de Caen. Possui os diplomas DALF e DELF. Atua como tradutor Francês/Português, professor de francês e pesquisador em História Social e Teoria da História. Tem experiência na área de tradução (Francês/português) História e jornalismo com ênfase em tradução, História das Idéias intelectuais na América Latina e Europa e Teoria da História. Atuou principalmente nos seguintes temas: Teoria da História, História da Cultura, Idéias e História Intelectual e das Idéias (PIBIC)França, Tradução, México, Argentina, Brasil, América Latina, História Contemporânea. Atualmente tem interesse em Tradução, Teoria da História, História Intelectual e da Cultura, com ênfase interdisciplinar, e especial interesse por Teorias e filosofias da História e História da Cultura Intelectual.” (Fonte: CNPQ) Para mais informações sobre o entrevistado: http://www.augustopatrini.com.br/# Na próxima postagem, debateremos o processo de criação do roteiro cinematográfico. Até lá!