Hipocrisia e ditaduras!


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De qualquer governante que fique no poder por mais de dois daquilo que poderíamos chamar de “mandatos” pode-se dizer que não seja democrático. Que dizer então de gente que, de uma forma ou outra se perpetua no poder? Ditadores, no mínimo. E não importa o matiz ideológico.
 
Em uma democracia “de verdade”, ninguém conseguiria ficar tanto tempo no poder por conta apenas de “eleições”. Um povo democrático é um povo que possui diversidade e, logo, de uma forma ou outra encontra maneiras dessa diversidade se manifestar no governo, sem que para isso sejam necessárias revoluções ou guerras civis. E da natureza da democracia, e portanto natural, que a diversidade se alterne. Qualquer outra situação jamais poderá ser chamada de democracia. Qualquer outra forma de se manter no poder é antinatural e democratas que se prezam de assim pensar e agir, não podem pactuar com “disfarces” perpetrados mundo afora.
 
A questão que se coloca são as defesas feitas, a essas pessoas e a seus regimes, como se democráticos fossem e por pessoas que alardeiam serem democráticas também. Instado a me manifestar, incondicionalmente, em defesa do regime sírio, em clara guerra civil, fui solenemente acusado de “defensor dos assassinos americanos” e de pactuar com as mentiras propagadas pelo PIG direitoso brasileiro.
 
Esse é um dos problemas da radicalização: joga quatro milhões de anos de desenvolvimento humano no lixo, ao reduzir as opções de solução de conflitos a apenas duas: radicalmente contra ou radicalmente a favor.
 
Espanta-me que em pleno século XXI posturas como essas, típicas dos passados séculos XVIII a XX, ainda existam. Pessoas que ainda defendem cegamente seus matizes ideológicos. Que se recusam a aceitar que ditador é ditador seja ele de esquerda, de centro ou de direita. E mais, que se recusam a aceitar que qualquer um deles se mantém no poder à custa da miséria do povo (enquanto eles vivem no fausto), à custa de muita morte causada ao povo, quanto mais não seja apenas pelos “disfarces” construídos.
 
A desculpa é a que a “democracia americana”, imposta, é pior, pois representa o “imperialismo” contra o qual devemos lutar acima de qualquer outra coisa. Em nome disso criam-se regras, e regras, como já dizia Frank Herbert em seu livro Duna, “constroem satrapias. Um perigoso estado de coisas nos melhores tempos, desastroso durante as crises”.
 
Vivemos em um mundo tão em crise que essa parece será a palavra que os historiadores, no futuro, usarão para chamar o século XXI. Assim como tivemos o Século das Luzes, seremos o Século das Crises.
 
Radicalismo, que só sabe criar regras, nada mais é do que a hipocrisia da ditadura do contra ou a favor!

About the author

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

Apenas o que hoje chamam de um idoso. Parodiando Einstein, só uma coisa é infinita: a hipocrisia. E se você precisou saber meu "currículo" para gostar ou não do que eu escrevo, pense bem, você é sério candidato a ser mais um hipócrita!