“Eu passei apedrejada na praça pública”


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A frase título foi dita hoje pela manhã pela já quase ex-governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius.

O que ela esperva, depois de tudo quanto fez? E agora se posta de vítima.

Dise ainda que isso “destruiu a minha história de vida e a de gente que tem a ver comigo“.

É muita hipocrisia, quando ela foi protagonista da destruição de milhares de famílias dos servidores públicos do RS, quando, hipocritamente, e sob a justificativa de que estava cumprindo a Constituição, deu um ridículo 1% de reajuste para os servidores, quando a inflação acumulada, mais os anos sem reajuste, beirava os 30%. Defendeu-se inclusive no STF, que, não tendo outra alternativa, lhe deu ganho de causa.

E como ficam essas famílias, Exma. Sra. Governadora? Quanta gente não teve que diminuir mais ainda seu já parco padrão de vida? Sim, pois se a Senhora desconhece, os salários dos servidores do Executivo são os piores que temos por aqui. Dos professores, então, nem se fala! Claro, isso não lhe atinge, já que é funcionária pública federal e dá aulas na UFRGS. O que fez de fato por eles, Governadora? Já parou para pensar que essas “pedras” tenham sido mais do que justas?

O que fez pela nossa segurança, Governadora? Algo de bom, imagino! Tão bom que os juízes da Vara de Execução Criminal de Porto Alegre resolveram soltar os presos por falta de lugar nos presídios. Com toda certeza, não foram esses mais de mil beneficiados por sua política de segurança que “jogaram as pedras”.

Como isso aqui é apenas uma coluna, Senhora Governadora, não vou me deter a citar mais e mais exemplos de gente que “se as pedras fossem de verdade”, brigariam para estar na primeira fila.

Como pessoa e ser humano que sei que a Senhora é, desejo-lhe apenas que Papai Noel lhe traga paz e tranquilidade daqui pra frente. Para que possa reconstruir sua “história de vida”… Mas por favor, não seja hipócrita a ponto de querer continuar na política.

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Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

Apenas o que hoje chamam de um idoso. Parodiando Einstein, só uma coisa é infinita: a hipocrisia. E se você precisou saber meu "currículo" para gostar ou não do que eu escrevo, pense bem, você é sério candidato a ser mais um hipócrita!