Uma pergunta importante!


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A uma semana da definção de quem será o nosso próximo presidente, e depois de tantos anos de vida, ainda me pergunto: afinal, o que significa mesmo “querer o melhor para o país”?

Uma pergunta importante, diante da possibilidade de ver que as opções postas podem não corresponder ao que penso ser “o melhor para o país”. Digamos – exagerando um pouco – que tenho 40 anos de consciência política. Muita coisa mudou? Claro que sim. As mudanças foram feitas pelos governos? Claro que não!

As mudanças devem-se todas à ciência e aos que a aplicam. Em quaisquer campos onde ela possa se fazer presente: medicina, produção de bens, informática, enfim, o que mudou e melhorou foi a vida, digamos, que depende dos avanços tecnológicos. Quanto ao resto? E que realmente depende do Estado e de seus constituintes executivo, legislativo e judiciário? Absolutamente nada!

Seguimos sendo uma sociedade pobre e atrasada, apesar de alguns tantos que alçaram a condição de ex-miseráveis. Mas é só isso que eles alcançaram: um pouco menos de pobreza material. Quando nasci tinhamos problemas de saneamento, de saúde, de segurança, de educação, de falta de trabalho… Ouvi dizer que seriam realizados cinquenta anos e cinco e continuo, cinquenta anos depois esperando… Continuamos com problemas de saneamento, de saúde, de segurança, de educação, de falta de trabalho….

A verdade é que é uma hipocrisia dizer que queremos um país melhor – e votar em quem diz que vai fazer um país melhor – quando sequer sabemos o que é “o país”. Entregamos nas mãos de “representantes” (e de mais uns tantos eternos) dizer para nós o que nós queremos. E vivemos de fingir que acreditamos nisso, pois temos a hipócrita oportunidade de passar quatro anos reclamando. Eu posso reclamar, ninguém sabe em quem eu votei! (e que me dê por satisfeito por pelo menos poder votar em alguns, pois outros são eternos…).

E é disso que tenho vivido nos últimos 50 anos: de ouvir reclamações. Reclamações de que nada vai bem. Ora, já tivemos governos de todos os matizes ideológicos imagináveis. E nada se resolve. A educação, que deveria pensar no desenvolvimento humano, no desenvolvimento de cidadãos, vai de mal a pior. Segurança? Quando era criança andava solto pelas ruas. Agora? Quase não saio de casa. E quando saio, para trabalhar, é um medo só. Quando comecei a trabalhar, aposentadoria era um sonho. Hoje virou pesadelo. Não há noite que não acorde assustado pensando que vão mudar 33 anos de contribuição, só porque uns “zés” quaisquer pensam que devem mudar. Resolvem o futuro dos que ajudaram a fazer o passado com Activia e Johnnie Walker…

A verdade é que vivemos a hipocrisia do desenvovimento econômico. Vendem – e compramos de bom grado – a farsa de que que tirar pessoas da miséria é fazer um país melhor. Vendem – e compramos de bom grado – que aumentar salários é fazer um país melhor. Claro que devemos tirar as pessoas da miséria e dar salários compatíveis com um mínimo de dignidade humana, mas sem a hipocrisia de achar que isso basta. Em cinquenta anos nada mudou. Quiçá desde a mais…

Querer o melhor para o país. Quem sabe não estamos precisando primeiro – e sem hipocrisia – definir o que é pátria? E sem chuteiras, por favor!

“Que país é esse”?

 

About the author

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

Apenas o que hoje chamam de um idoso. Parodiando Einstein, só uma coisa é infinita: a hipocrisia. E se você precisou saber meu "currículo" para gostar ou não do que eu escrevo, pense bem, você é sério candidato a ser mais um hipócrita!