SexyTribe By Sandra Pontes / Share 0 Tweet Você conhece o termo P.A.? Teve algum amigo que te “aliviou” na hora do perigo? Vamos descobrir quem é “O” cara… P.A. (Pau Amigo ou Pinto Amigo) é o cara que te ajuda a aliviar na hora da entressafra de namorado. Não, pessoas, não estou vulgarizando nada, nem bancando a feminista (que, por sinal, tenho ojeriza). Muito menos fazendo apologia ao sexo livre, desenfreado ou nos colocando numa posição de putas e similares. Eu mesma já tive um P.A. Foi logo que mudei do primeiro emprego. Ele, 13 anos mais novo que eu. Atração física violenta. Pôxa, cara novo, bonito, um papo ótimo. Não tinha por onde escapar dessa… Ainda mais que eu estava há uns bons anos sem N.A.D.A.! É complicado isso. A primeira vez foi… Estranha… Faltava alguma coisa ali. Depois entendi que faltava algo mais, assim, próximo. Não rolava o lance de “querer” ficar junto depois. Conversávamos numa boa, brincávamos como sempre e, esporadicamente, rolava um sexozinho básico. Há cerca de um ano atrás nos encontramos para um almoço… Pelo que entendi EU seria o prato principal, mas alguma coisa, novamente, faltou. Faltou a minha vontade de começar essa história de novo e acabou ficando no “no sex, only friends”. E eu, curiosa, fui ler pela Net o que as pessoas dizem sobre ter um P.A. Uma matéria lotada de regras, tipo “isso pode”, “isso não se faz”, etc. Se houver regras, que sejam simples e poucas ou vai acabar confundindo tudo! Achei outro texto que, sinceramente, a moça que escreveu é revoltada! Só pode! Um ataque de feminismo (ou machismo disfarçado) que me fez rir e criar um questionário, distribuir para alguns amigos e publicar aqui o que homens e mulheres, entre 20 e 50 anos, solteiros e casados, acham disso tudo. Acabei selecionando as melhores respostas e publico na íntegra. Nomes serão omitidos (of course). Vamos lá??? 1 – Qual sua opinião sobre P.A.? Todos concordam que, na hora do sufoco, é o melhor dos mundos: L., masc.: “Fisiologicamente falando, melhor que masturbação. Socialmente falando, um dos fatores que destruíram a família como instituição.” J. fem.: “P.A. é interessante! Normalmente é muito carinhoso, compreensivo (mesmo que não concorde com tudo o que você pensa ou faz), está com muita disposição – ouve sem reclamar, fala o essencial, dá conselhos (nem sempre muito bons, mas para compensar, não se queixa disso ou daquilo), sempre reparam e elogiam quando cortamos o cabelo, quando estamos produzidas, afinal, não é todos os dias e nem por 24h a convivência, né?!” 2 – (Só para as mulheres) Já utilizou dessa “saída” quando estava no veneno, “pirigueti” (a perigo)??? 70% das mulheres entrevistadas já lançaram mão de um amigo: C., fem.: “Já sim. Quando era solteira tive um P.A. maravilhoso. Era um amigão, confidente, “pau pra toda obra”. L., fem.: “Ainda não fiquei no pirigueti”. 3 – (Só para os homens) Há um correspondente feminino para isso ou é só “sexo” e fim? Os homens, apesar de encarar a figura do P.A. numa boa, ainda preferem o sexo casual, não querendo taxar a parceira de X.A… J., masc.: “Uai… só sexo, não?” L., masc.: “Dificilmente um homem se aproxima de uma mulher pra se relacionar com ela. A atração física vem primeiro.” 4 – Conhece alguém nessa situação? Uma amiga que já fez uso? Ou um amigo que é P.A. de alguém? Os homens também são grandes conhecedores e, de P.A., viraram até namorados. As mulheres então, não só conhecem, como fizeram bom “uso”: A., masc.: “Conheci alguns casais que se formaram dessa forma, eu mesmo comecei um namoro desse jeito e após o fim do mesmo continuamos usando esta prática.” L., fem.: “Muitas pessoas, principalmente os meninos. Mas acho que eles são mais língua solta. As mulheres tendem a esconder de outras mulheres.” 5 – Para você, quais as vantagens da mulher ter um P.A.? Serei totalmente parcial nesta questão. É uma ótima forma de matar a vontade e sem o constrangimento de ser com uma pessoa que você nem conhece. C., fem.: “É um amigo muito mais íntimo (em todos os sentidos), pode-se confiar nele tanto quanto naquele amigo homossexual.” L., fem: “Se o cara é amigo mesmo, pode até ser interessante. Homens separam as mulheres em classes, mesmo os que se dizem modernos, não são. Homens se apaixonam por um bom sexo, não desvinculando de outros sentimentos.” A., masc.: “As mesmas que para um homem. Num momento em que não se está afim de um compromisso, pode-se garantir que não vai ficar literalmente “na mão”…” R., masc.: “Desde que a pessoa saiba no que está se metendo, não há problema algum. A vantagem é a relação de amizade e confiança que existe por detrás do sexo.” J., fem.: “Bom, não é assim nenhuma Brastemp de vantagens, mas deixa a gente com a pele boa, ajuda a queimar calorias e manter o peso ideal, e também porque pra quem está sozinha, ter alguém agradável fazendo um carinho, abraçando e beijando é muito bom; eleva a auto-estima.” J., masc.: “Rola confiança e tal.Tem mais controle na agenda sobre a disponibilidade do P.A. O tempo de seleção, argumentação e execução é abreviado em muitos minutos. Não há preocupação do cara não ser aquilo que a propaganda prometeu.” 6 – E as desvantagens? Aqui é um campo perigoso… Ninguém é imune a sentimentos, por mais que banque a durona (ou o macho!). E quando envolve sentimento, já não é bom para os dois lados… Mas a grande preocupação, tanto de homens como mulheres, é justamente a falta de um relacionamento mais íntimo e na hora da tão famosa solidão. O medo de se acomodar nesta situação a ponto de não buscar, em outra pessoa, um relacionamento completo também foi bem citado. C., fem.: “Sempre tem o perigo de confundir-se. Tenho um amigo P.A. que acabou apaixonando-se pela mulher, que não queria um relacionamento sério com ele. Ele sofreu muito.” A., masc.: “Falta de compromisso sério, ou de uma companhia em momentos de solidão…” J., fem.: “É quem nem sempre o depois é interessante – quando começam a demorar demais pra ir embora ou quando cismam de fuçar seu celular, te cobrar mais carinho… aff! Aí é só Jesus na causa! Kkkkk É exoneração na certa! E por outro lado, dá uma certa frustração de não ser AQUELA pessoa.” 7 – (Só para os homens) Você se sujeitaria a ser P.A. de alguma amiga? Mesmo mantendo um relacionamento fixo com outra? Unanimidade masculina!! Todos os homens responderam que, se solteiros fossem, não veriam problema algum de ser o P.A. de uma amiga. 8 – (Só para as mulheres) Você, se estivesse sem sexo há vários meses ou anos, aceitaria esse tipo de relacionamento? As mulheres foram mais reticentes. 70% declararam que aceitariam, sem problemas, no caso de estarem sozinhas. 9 – Você acha que há regras, tipo “não pode haver envolvimento”, “não pode apaixonar”, “não apresenta para amigos(as) ou família” “não pode haver cobranças”, etc.? A grande maioria foi enfática em dizer que não há como não haver certo grau de envolvimento, se a condição de P.A. perdurar por algum tempo. E, para alguns, as regras, se existirem, são parecidas com as de um relacionamento normal… J., masc.: “No fundo, no fundo, acaba tendo envolvimento. A propósito, acho muita safadeza substituir o prazer solitário, feito sozinho, pelo prazer solitário, feito a dois. (será que fui claro?)” L., masc.: “Se for P.A., esse tipo de questionamento não existe. Se existir em um dos dois, quem está fazendo o questionamento não está contente com a condição, deixando assim, de ser P.A.” 10 – Você acha que a mulher, mais ligada em sentimento que homem, é capaz de manter um relacionamento desses sem se envolver emocionalmente? 80% concordaram que uma mulher pode, sim, ter um P.A. sem envolvimento emocional. L., fem.: “Sim. Acho folclórico certas diferenças que colocam entre homens e mulheres. Como disse, o homem confunde muito gostar de sexo com a pessoa com gostar da pessoa. Eles não separam.” A. masc.: “Primeiro, este conceito de um ter mais sentimento que o outro está cada vez mais ultrapassado (conheço mulheres que são mais “pegadoras” que a maioria de meus amigos mais canalhas, do mesmo jeito que conheço caras ligados demais ao relacionamento com uma garota que poderiam ser classificados como românticos em excesso), por isso mesmo acredito que este tipo de relacionamento é cada vez mais possível.” L., masc.: “Não concordo que a mulher seja mais ligada em sentimento. Qualquer uma das duas partes pode se apaixonar. Existem P.A.s que se submetem a essa condição para ficar próximo da mulher que está apaixonado, aceitando assim, essa “migalha” da pessoa. Melhor isso do que nada.” R., masc.: “Claro que sim. E quem disse que homem não se envolve tanto quanto mulher? Cada caso é um caso!” J., fem.: “Aí só vou responder por mim, pois as pessoas são diferentes. Eu sou mais ligada em sentimento, e sinto dificuldades de manter por muito tempo um relacionamento desses; normalmente duram alguns meses (a definição de pouco ou muito tempo pode variar de pessoa pra pessoa), pois não é só isso que estou procurando num homem, então, termino.” J., masc.: “Não. A menos que o P.A. apareça apenas de páscoa em páscoa.” 11 – Algumas pessoas argumentam que esse tipo de “relacionamento” é uma busca, das mulheres, na equiparação “por baixo” dos direitos dos homens – que possuem uma vida sexual mais livre – tornando-se assim, meras “vagabundas” sem pagamento ou anulam seus sentimentos em busca de uma liberdade sexual que não são capazes de manter. Você concorda ou não? Por quê? Aqui eu meto, sem dó, a faca em quem disser que a mulher se rebaixa ao querer se equivaler ao homem! Até a década de 70 éramos obrigadas a casar virgem, pudicas, imaculadas. Não sabíamos o que eram as famosas preliminares e jamais conhecemos um orgasmo. Era um “papai-e-mamãe” meia-boca até o homem atingir o orgasmo, virar para o lado e começar a roncar! E, na cabeça de quantas mulheres não deve ter passado o sentimento de serem simples repositórios de esperma??? Não brigamos, não somos adversárias. Somos iguais. E isso não é ser feminista. É gostar de sexo e querer o melhor para si. Tem coisa mais gostosa que ligar para o seu homem, com a voz sensual e dizer: “Quero fazer amor com você hoje” e se preparar toda, ficar perfumada, macia, linda??? E daí que ele não é um namorado fixo ou marido? Há mulheres que eu, sinceramente, acho que são mais machistas que homem quando dizem algo desse tipo. Ou… Recalcada demais. C., fem.: “Isso é uma colocação extremamente machista! Tipo: o homem não pode viver sem sexo, mas a mulher tem que ser a “santa recatada.” L., fem.: “Não acho isso. Cada um tem a sua necessidade sexual, só acho que para ambos os sexos, tem que haver discrição.” A., masc.: “Não concordo. O P.A. na verdade é uma pessoa com quem a garota se relaciona, é amigo, conhecido, ex-namorado, etc., com quem há um entendimento na cama, mas com quem não há, pelo menos no momento, a intenção de formar um relacionamento amoroso. A equiparação acima é de uma mulher que tem um P.A. com uma que busca apenas sexo eventual com qualquer homem que conhecer, ou seja, teria a atitude típica do “homem-galinha.” L., masc.: “Se falarmos só de sexo, não vejo problema das mulheres agirem dessa maneira DESDE QUE sempre sejam colocadas as cartas na mesa. Sim, a mulher também se “finge” de apaixonada pra conseguir o homem que quer. Sim, a mulher tem um relacionamento extra-conjugal sem que o outro saiba.” J., fem.: “Não concordo. Muitas mulheres vivem este tipo de relacionamento porque buscam encontrar um companheiro de fato, e até encontrar, vai ficando com o P.A. E mesmo aquelas que não buscam um companheiro, elas têm o direito de sentirem-se atraídas por um homem e buscarem a satisfação sexual. Acredito que quem afirma que estas mulheres são vagabundas, na verdade são machistas, sejam homens ou mulheres, ou então são enrustidas (criticam a outra, mas morrem de vontade fazer o mesmo), ou ainda, quem sabe, foram P.A.s exonerados.” J., masc.: “O tal do P.A. é mais complicado do que o P.E. (Pau Eventual). Ou, talvez, uma variante menos traumática, para ambos, fosse o P.A.A. (Pau Amigo Alternado).Mas, enfim, falando sério, acho que não rola essa história de “vagabunda” hoje em dia não. Acho que as mulheres também têm direito, ocasionalmente, de serem tão livres e soltas como a sociedade classificou o modus vivendi masculino. Agora, de boa: não são todos os homens que se sentem ‘completos’ com variedade sexual não, tá? Mas se você disser que a proporção de homens livres se iguala a de mulheres sentimentais, sentiria tentado a concordar.” R., masc.: “Pelamordedeus, estamos em 2008. Sexo é uma necessidade vital, como ar, água, comida. Tanto H quanto M gostam de bom sexo, e todos tem direito à sua quota. Viva a liberdade!” Pois é… Não foi um texto escrito por uma só pessoa, com suas opiniões. Várias mãos e cabeças se juntaram para responder o que acham sobre P.A., sexo casual, relacionamento. E todos têm um ponto comum: conscientização da liberdade sexual feminina. Uma coisa temos que ter sempre em mente: não deixar que o preconceito de outras pessoas intimide ou domine nossos sentimentos. Sexo com alguém que respeite você não é sujo nem imoral. Muito menos vai transformar uma mulher na “mais nova garota de programa” da cidade. Mas, galera, com responsabilidade. Anticoncepcional e camisinha, sempre!