Crônicas Matemáticas By Antonio Madrid / Share 0 Tweet Acredito que a grande maioria das pessoas que visitam este humilde célula virtual da grande “Matrix” já tenha ouvido falar, que matemático não recebe prêmio Nobel. Mas por que isto acontece? Pois é. Nem todo mundo gosta de matemática, ou melhor, alguns até odeiam. E se o criador do prêmio Nobel algum dia gostou da matemática, com certeza ele passou a detestar depois que ocorreram alguns fatos marcantes em sua vida. Mas a verdade é que, em conseqüência da criação do prêmio Nobel. Todos os anos são dados seis prêmios às seguintes categorias: Literatura, Física, Química, Paz, Economia, Psicologia e Medicina. Bom, já da pra perceber, que a coitada da “matemática não está entre uma das ciências práticas, que beneficiam o desenvolvimento da humanidade”. Acreditem! Esta foi a desculpa esfarrapada, que o cara-de-pau do Alfredinho Nobel contou para seus amigos, quando estes lhe perguntaram, por que ele havia excluído a matemática da sua seletiva lista. Mas eu acho que os motivos foram outros. Dizem as más línguas (principalmente a minha) que ele e sua namorada Sophie Hess acabaram cortando os laços afetivos. Intrigado, A. Nobel resolveu investigar o motivo que levou a sua querida donzela a decidir pelo término do esfuziante namorico. Imagino a cara dele, quando descobriu que sua querida ex-namorada estava de rolo com um famoso matemático da época. Gosta Mittag-Leffler era o dito cujo, por quem Sophie Hess se enamorou. E em conseqüência disto, e muito irado. A. Nobel resolveu não oferecer o prêmio aos matemáticos. Mas como os matemáticos são um povo unido. Resolveram soltar o verbo no Congresso Internacional de Matemáticos (ICM) realizado em Toronto (Canadá), em 1924, onde foi decidido que em cada nova sessão do Congresso seriam atribuídas duas medalhas de ouro para reconhecer grandes feitos matemáticos. E assim surgiu a “medalha Fields”. Prêmio que é dado de 4 em 4 anos aos matemáticos que se destacam nas suas áreas de pesquisa. Além da medalha Fields, existem premiações em dinheiro, de até dois milhões de dólares, que são dados aos pesquisadores matemáticos que conseguem desvendar os mistérios da “rainha das ciências”. No final da história, os matemáticos acabaram se safando. E receberam o direito de ter uma premiação particular. Imagino que a esta altura do campeonato, A. Nobel esteja se torcendo de raiva dentro do caixão, calculando o que deu errado.