Valores e critérios


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Por que as pessoas têm preferências diferentes umas das outras?
O que faz com que uma pessoa prefira ficar em casa no fim de semana assistindo um filme e outra faça questão de sair numa balada?
Por que há torcedores que não perdem um jogo de seu time de futebol e outros, apesar de também torcerem, até escolhem outro programa no horário do jogo?
Que tal começar a desvendar como fazemos nossas escolhas na vida?

Há alguns anos tive um amigo, na época com cerca de 40 anos, que consultou um médico ao sentir dores no peito. Os exames de praxe mostraram que ele tinha obstrução nas artérias. Foi aconselhado a, entre outras coisas, deixar de fumar e beber. Surpreendentemente para mim, ele continuou a fumar e beber com regularidade. Após alguns meses sofreu um infarto fulminante.

Me lembrei desse caso quando um amigo me contou sobre um conhecido comum que se sentiu mal enquanto dirigia ao voltar do trabalho para casa, encostou o carro e também teve um infarto fulminante. Meu amigo acrescentou que ele, apesar de saber há um bom tempo sobre seu problema cardíaco, continuava com os hábitos de fumar e beber regularmente.

O que faz uma pessoa continuar a ter hábitos tão nocivos à saúde a ponto de poderem causar sua morte e, mesmo sabendo disso, continuarem com eles "sem se importar" com as conseqüências?

Da mesma forma, o que faz com que alguém agrida o torcedor de um time adversário, somente por ele ser "adversário"?

O que faz com que um homem espanque a mulher que o traiu?

O que faz com que um motorista xingue outro que fechou seu automóvel?

O que faz com que uma pessoa faça questão de só usar perfume importado enquanto outra, com o mesmo poder aquisitivo, se contente com um desodorante comprado na farmácia da esquina?

Por que um funcionário é considerado competente por um gerente e incompetente por outro?

O que faz com que alguém só almoce em restaurantes caros enquanto outro fica satisfeito em comer no restaurante por quilo?

O que faz com que alguém assista o Manhattan Connection enquanto outro assiste o Big Brother?

Todas essas situações têm em comum algo importantíssimo e que, na maioria das vezes, estão guardados lá no fundo do nosso inconsciente: são nossos valores e critérios.

Os valores que possuímos demonstram o que consideramos importante para nós, são aqueles princípios fundamentais que regem a nossa vida. Eles nos orientam e motivam. Agir ou ver alguém agir contra nossos valores faz com que nos sintamos incomodados, desconfortáveis.

Obtemos nossos valores a partir das experiências pelas quais passamos e pelos exemplos observados nas pessoas significativas em nossas vidas. Pais, avós, professores, amigos, chefes, ídolos e até o personagem com que nos identificamos em um filme podem contribuir para adotarmos ou não um valor como nosso.

Apesar da importância que têm em nossas vidas, eles podem ser transitórios. Podemos "mudar de idéia" a respeito deles (e fazemos isso muitas vezes na vida). Isso é facilmente observado em uma pessoa que mudou de religião e passa a viver seguindo os valores dessa nova crença, abandonando a anterior.

Os critérios descrevem os valores a que damos importância dentro de um determinado contexto. Aqueles que se aplicam ao nosso emprego são diferentes dos que adotamos na nossa família. Eles determinam por que e onde trabalhamos, com quem namoramos e casamos, com quem namoramos e não casamos, onde moramos, como nos vestimos, o que assistimos na TV e no cinema, quando, onde e quanto comemos e bebemos, a marca de cigarro que fumamos ou se escolhemos não fumar.

Cada um dos critérios que utilizamos em nossas escolhas tem uma importância relativa, porque inconscientemente atribuímos uma hierarquia a eles. Às vezes damos preferência a um em detrimento de outro(s).

Faça o seguinte exercício para descobrir sua hierarquia de critérios:

1) Imagine que você esteja comprometido com um trabalho importante… Pense o que deveria ocorrer para que você desistisse do trabalho. Não precisa ser a coisa mais importante da sua vida, pense apenas em algo que seria suficiente para fazer você desistir.

2) Agora, pergunte-se o que o faria permanecer no trabalho mesmo que (1) ocorresse. Pense num critério mais importante que (1).

3) Em seguida, pense no que o faria abandonar o trabalho mesmo que (1) e (2) ocorressem. Descubra um critério ainda mais importante.

4) Continue nessa seqüência até que nada o faça permanecer no trabalho se seu último critério (n) ocorrer.

5) Você vai encontrar idéias muito interessantes nesse seu trajeto de (1) a (n). Divirta-se!!!
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Sergio Lafasse