Ela não esta mais entre nós


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Na sala de julgamento cenas dramáticas: a mãe tenta se jogar pela janela e é contida, o filho mais novo agride verbalmente o juiz com palavrões, cospe nele e tenta atacá-lo fisicamente. O assassino é considerado culpado.

 

 

 

Numa sexta feira treze a sentença foi promulgada: Prisão perpétua para o assassino. O jovem de 24 anos, irmão de Morsal foi considerado culpado pelo assassinato de sua irmã.

 

Na sala de julgamento aconteceram cenas dramáticas. O irmão mais novo tentou quebrar vidros da porta e ameaçou o juiz, foi retirado à força da sala. A mãe tenta se atirar pela janela e é contida. Parentes e amigos da família de Morsal recebem a sentença aos gritos e atacam os jornalistas. Não, ninguém estava protestando contra a morte trágica de Morsal, a jovem afegãna-alemã que morreu esfaqueada pelas maos do próprio irmão. Não, não, eles protestaram indignados contra a sentença proferia pelo juiz de prisão perpétua para o irmão assassino. Estranha manifestação. Organizações de diretos das mulheres presentes congratulam-se com o juiz que proferiu a sentença: “Ele matou por pura intolerância.”

 

Assim os fatos fecharam a sexta-feira 13 na sala de justiça de Hamburgo.

 

Ninguém ali pensou nos anos de martírio de Morsal, ameaçada e espancada e finalmente morta pelo irmão mais velho. Pudera, toda a família participou das cenas e atos de violência: pai, mãe, irmã e irmãos.

 

O Juiz recebe um bravíssimo! Não adiantou ele receber cusparada no rosto, nem ameaças físicas. A sentença foi clara: “A grande responsabilidade moral trazem vocês (os pais de Morsal) pela morte de sua filha”. Ela que queria viver uma vida fora das tradições de sua terra natal, o Afeganistão de tradição muçulmana, assinada pelo próprio o irmão, que tinha quase a “incumbência” de “punir” Morsal por causar “desonra à família”, “pois não estava usando roupas adequadas”.

 

Mas não há o que comemorar

 

Um aviso claro foi deixado pela justiça alemã contra aqueles que pensam que passarão impunes em crimes chamados de “honra” n`Este País, Alemanha: Intolerância zero para os intolerantes. Com a repercussão do caso Morsal acredito que educadores, políticos, polícia e justiça estão com os olhos mais abertos, o que não impede que no futuro venha acontecer novamente casos de “crime contra a honra”. Fomos mais à frente com a condenação, mais ainda não há o que comemorar. Morsal não está mais entre nós.

 

Para ler o artigo completo publicado aquí no OPS em 28 de junho de 2008 sobre o calvário de Morsal clique:

 

Espero que onde você esta, seja melhor que aqui 

Aqui na Alemanha prisão perpétua significa que o réu poderá deixar a prisão após 15 anos de pena cumprida. O advogado de defesa entrou com recurso, mas ninguém acredita que o irmão de Morsal vai escapar da prisão assim tão cedo.

 

 

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Solange Ayres