Migração para GNU / Linux By Rodrigo Dall Alba / Share 0 Tweet Warning: array_rand(): Array is empty in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 280 Notice: Undefined index: in /home/opensador/public_html/wp-content/themes/performag/inc/helpers/views.php on line 281 Como o GNU/Linux é livre, qualquer pessoa ou organização pode, comercialmente ou não, “fazer o seu próprio Linux”, escolhendo os aplicativos e funcionalidades que ele terá. A esses agrupamento de kernel, softwares e características dá-se o nome de distribuição (também chamada de “distro”). A maioria das distribuições é feita baseada em outra existente, como a brasileira Kurumin, por exemplo, baseada no Knoppix que, por sua vez é baseada no Debian. A GPL manda que, ao serem feitas modificações em algum software, deve-se mudar o seu nome para distingui-lo das outras versões, preservando assim a reputação do desenvolvedor original, o qual deve receber seus devidos créditos. Com as distribuições, acontece a mesma coisa. (2.4.5 Distribuições ) Há distribuições feitas exclusivamente para serem usadas em servidores e outras que tentam ser o mais abrangente possível. Há também as que focam na facilidade de uso e aquelas feitas para usuários mais avançados. Algumas cabem em disquetes, outras ocupam vários CD’s ou um DVD inteiro. Atualmente existem mais de 370 distribuições GNU/Linux. Segundo a Distrowatch, as mais populares são: Ubuntu, Mandriva, Fedora (versão gratuita do Red Hat), openSuSE, Debian, Gentoo, Slackware e Knoppix. 2.4.5.1 Principais distribuições Basicamente, o que diferencia uma distribuição de outra são os softwares instalados, a forma de compilação do kernel, o sistema de detecção de hardware e o gerenciador de janelas. Todas seguem um certo padrão e possuem uma similaridade entre si, mas as principais distros, as mais importantes (Debian, Slackware, Red Hat, openSuSE e Gentoo), possuem características próprias, como localização de alguns arquivos, utilitários de configuração, empacotamento de programas, etc. Estas, ou não foram feitas baseada em nenhuma outra distro ou, se foram, acabaram por adquirir uma identidade própria, criaram uma nova ramificação na “família” GNU/Linux e deram origem a outras distros. Slackware O Slackware é a distribuição mais antiga (existe desde 1993). Preserva a tradição dos sistemas UNIX, é estável e organizado, mas com poucas ferramentas automatizadas, por isso, muitas vezes é utilizado como ferramenta de aprendizado, devido às suas dificuldades de utilização (MORIMOTO, 2006c), a começar pelo gerenciador de janelas padrão, o Blackbox. Debian A maioria das distribuições (cerca de 129) é baseada em Debian, que possui três fases de desenvolvimento: instável, teste e estável. Sua primeira versão foi lançada em 1993. De acordo com Morimoto (2006c): As principais características do Debian são a grande quantidade de pacotes disponíveis (atualmente, quase 25 mil, se incluídas as fontes não oficiais) e o apt-get, um gerenciador de pacotes que permite baixar, instalar, atualizar e remover os pacotes de forma automática. Ao contrário de outras distribuições Linux conceituadas, o Debian é produzido por uma equipe de voluntários, não possuindo uma organização comercial patrocinadora (SCARATTI apud DANESH, 2007, p. 22). Várias organizações públicas e privadas utilizam o Debian, como, por exemplo o Governo do Estado do Paraná. No Brasil existe o Debian-BR-CDD (atualmente chamado de BrDesktop), uma distribuição personalizada para brasileiros e voltada para o uso doméstico. SuSE As primeiras versões do SuSE foram baseadas no SLS, uma das primeiras distribuições de que se tem notícia. Em 1995 suas ferramentas foram migradas para Jurix, que era baseado no Slackware. Em 1998, passou a utilizar pacotes os RPM, do Red Hat, além de outras ferramentas derivadas dele e tudo isso foi integrado no painel de controle Yast. Em 2003, foi adquirido pela empresa Novell, dando origem ao Novell Desktop, uma solução comercial, e ao OpenSuSE, um projeto comunitário (MORIMOTO, 2006c). Red Hat e Fedora Core Lançado em 1994, inicialmente como uma distribuição comercial, porém, com código aberto. A partir de 2003, a Red Hat mudou seu foco, concentrando seus esforços no público empresarial, desenvolvendo o Red Hat Enterprise e vendendo pacotes com o sistema, suporte e atualizações (MORIMOTO, 2006c). Em 2004, o Red Hat Desktop foi descontinuado, mas a empresa coordena um projeto chamado Fedora Core, mantido pela comunidade de Software Livre e baseado no antigo Red Hat Desktop. Mandriva O Mandriva nasceu em 2005 com a fusão entre a distribuição européia Mandrakesoft e a empresa brasileira Conectiva. É focada na uso doméstico. 2.4.5.2 Outras distribuições Ubuntu O Ubuntu surgiu em 2004 e desde então sua popularidade vem crescendo consideravelmente. Patrocinado pela empresa Canonical Ltd, tem como compromisso ser sempre gratuito, não cobrando por atualização e provendo suporte de pelo menos 18 meses para cada versão, além de enviar CD’s para qualquer lugar do mundo gratuitamente. Baseado na versão instável do Debian, a cada seis meses é lançada uma versão nova. Existem diversas distribuições derivadas no Ubuntu que diferem-se entre si apenas por usarem um gerenciador de janelas diferente – já que, por padrão, o Ubuntu utiliza o Gnome – tais como Fluxbuntu, Kubuntu, Xubuntu, etc, que utilizam, respectivamente, o Fluxbox, KDE e XFce. Já o Edubuntu foi feito ser usado em escolas e o Ubuntu Studio possui softwares para edição e criação de conteúdos multimídia. Kurumin Distribuição brasileira mantida por Carlos E. Morimoto. Baseada no Knoppix, é ótima para ser iniciantes por ser bastante amigável. Sua instalação é rápida e completa, conta com diversos programas para uso doméstico, como tocadores e conversores de áudio, aplicativos para escritório, suporte a impressoras, câmeras digitais e webcams, etc. Atualmente, o Kurumin fundiu-se com o também brasileiro Kalango dando origem ao Kurumin NG (New Generation ou Next Generation), baseado no Kubuntu. 2.4.5.3 Linux live-CD Live-CDs são distribuições que rodam direto do CD/DVD, não sendo necessário efetuar a instalação para que o sistema operacional funcione. Isso é possível graças ao módulo Cloop, que faz o kernel pensar que está acessando o disco rígido. A instalação novos aplicativos é feita através do UnionFS, que engana os programas, também fazendo-os pensar que estão acessando o disco rígido. As vantagens que os live-CDs podem trazer são muitas. Pode-se, por exemplo, testar a distribuição antes de instala-la, o que é ideal para a popularização do GNU/Linux e para usuários novos e sem experiência, que primeiro conhecem e aprendem sobre o sistema antes de instala-lo. Usar o Live-CD para salvar dados, realizar manutenção, reparos ou remoção de vírus em outras partições também é muito útil. Dentre as desvantagens, estão o fato de que todos os dados gravados e aplicativos instalados serão perdidos quando o computador for desligado, a lentidão (pois o sistema precisará acessar o CD, cuja velocidade de leitura é menor que a do disco rígido) e o maior uso de processador e memória. Esse fatores inviabilizariam o uso de live-CDs em máquinas antigas não fossem as diversas opções que algumas distribuições oferecem, como o Kurumin, que permite que sejam passados parâmetros especiais na inicialização do sistema, fazendo com que ele consuma menos recursos ou sejam desabilitadas funções que não serão usadas, dentre muitas outras opções. 2.4.6 Melhor distribuição Usuários novatos costumeiramente perguntam a respeito de “Qual a melhor distribuição Linux?” ou “Qual distribuição devo usar?”. A verdade é que não existe uma resposta específica a essa pergunta. Antes de escolher uma distro, deve-se perguntar a si mesmo: A distribuição reconhece todo o meu hardware? Meu hardware suporta essa distribuição? A instalação está dentro das minhas aptidões? A distribuição possui suporte técnico ou um grupo de usuários disposto a ajudar? Qual o nível de conhecimento eu devo ter para usá-la? Ela possibilita que eu aprenda sobre o sistema? Qual o motivo de eu estar usando Linux? Realmente existem ótimas distribuições, com vasto suporte e uma equipe ou empresa disposta a melhorá-las cada vez mais. Existem também aquelas que “não deram muito certo” ou foram abandonadas por seus desenvolvedores. Mas de nada adianta escolher uma distribuição conceituada e não conseguir usá-la, ou uma que seja fácil de usar mas que não funcione corretamente ou não permita que se aprenda sobre o sistema, se esta for a intenção do usuário. A melhor distribuição é aquela cujo responsável por fazer sua instalação consiga faze-la e geri-la de forma eficiente, o usuário consiga adaptar-se a ela usá-la sem grandes dificuldades e ela atenda aos requisitos e cumpra as tarefas para as quais foi escolhida. Qualquer parte deste material poderá ser usada de forma livre, desde que sejam citadas a fonte e o autor.