Migração para GNU / Linux By Rodrigo Dall Alba / Share 0 Tweet Um dos mitos acerca do GNU/Linux é que a instalação de programas é difícil, ou de que não existem programas compatíveis para ele, o que não é verdade. Atualmente, existem gerenciadores de pacotes que fazem com que a instalação de programas seja muito fácil e, quanto aos substitutos para produtos Windows, há uma lista1 enorme deles que vem crescendo cada vez mais. 2.5 A Linha de Comando Uma das características mais marcantes do GNU/Linux é utilização da linha de comando, que permite que sejam executadas tarefas com maior velocidade, menor uso do sistema e chegando a ser até mais prático em alguma tarefas, pois, ao invés de esperar que um utilitário seja aberto, percorrer menus, diretórios e marcar opções, basta um simples comando e um “enter”. Na grande maioria das vezes, o que é usado é um “emulador de terminal”, que é um terminal rodando em um ambiente gráfico. O usuário comum não tem a obrigação de decorar comandos – embora muitas vezes ele pudesse se beneficiar com isso – e prefere utilizar o mouse e a interface gráfica para fazer o que deseja. O administrador do sistema, porém, precisa saber usar a linha de comando se quiser desempenhar bem a sua função. “Apesar de existirem diversos aplicativos gráficos e interfaces para configuração de tarefas administrativas disponíveis, um sólido conhecimento dos comandos de shell do Linux é muito importante para qualquer administrador” (RIBEIRO, 2004). 2.6 Instalação de Programas Um dos mitos acerca do GNU/Linux é que a instalação de programas é difícil, ou de que não existem programas compatíveis para ele, o que não é verdade. Atualmente, existem gerenciadores de pacotes que fazem com que a instalação de programas seja muito fácil e, quanto aos substitutos para produtos Windows, há uma lista enorme deles que vem crescendo cada vez mais. Há duas maneiras de se instalar um programa. A primeira é compilando o código fonte e a segunda é instalando um pacote, que contém o código fonte pré-compilado e empacotado como um arquivo binário de instalação (executável), podendo incluir ícones, atalhos, manuais, entre outros (FREY, 2008). 2.6.1 Gerenciadores de pacotes Resumidamente falando, “um gerenciador de pacotes instala, remove e atualiza pacotes” (Frey, 2008), embora eles possam fazer muito mais que isso. Existem ainda ferramentas e interfaces gráficas para tais gerenciadores que, para uma melhor organização no texto, serão apresentadas separadas por distribuição. Debian e derivados (Kurumin, Ubuntu, etc). dpkg – Gerenciador de pacotes .deb. Ex.: # dpkg -i pacote.deb1 APT (Advanced Packaging Tool, Ferramenta de Empacotamento Avançada). O apt-get gerencia pacotes de uma maneira muito simples, realizando o download e instalando pacotes automaticamente. Ex.: # apt-get install pacote Synaptic – Ferramenta gráfica que facilita o uso do apt-get. Permite instalar, atualizar, remover programas e ver detalhes de cada pacote e funciona também em outras distribuições. Além do Synaptic, existe o Adept Package Manager. Red Hat e similares (Fedora). RPM – Gerenciador de pacotes .rpm. Ex.: # rpm -ivh pacote.rpm YUM (Yellow Dog Updater Modified) – Ferramenta de atualização do Fedora semelhante ao apt-get do Debian. Ex: # yum install pacote YumEx (Yum Extender), ferramente gráfica para gerenciamento de pacotes. SuSE Yast2 (Yet another Setup Tool)– O SuSE (bem como o OpenSuSE) conta com diversos gerenciadores de pacotes, tanto gráficos, como zen-updater, quanto por linha de comando, como o Zypp e o rug, mas o mais utilizado é o Yast2 que, além gerenciar pacotes também é utilitário de configuração de sistema. Mandriva urpmi – Única distribuição a usar o urpmi. Ex: # urpmi pacote rpmdrake – Interface gráfica para o urpmi. Slackware installpkg – Instala pacotes .tar.gz ou .tgz. Ex.: # installpkg pacote.tgz slackpkg – Similar ao apt, yum e outros. Ex.: # slackpkg install pacote Gslapt – Interface gráfica para o slapt-get, ferramenta semelhante ao slackpkgi. 2.6.2 Outras formas de instalar programas Se o programa não estiver disponível em forma de pacotes, mas em código-fonte, é preciso descompactá-lo e compilá-lo. Exemplo: $ tar -zxfv nome_do_programa.tar.gz $ cd pasta_gerada $ ./configure $ make # make install Onde: “$” indica que o comando pode ser executado como usuário normal e “#” que ele deve ser executado como root; O Comando “tar” é responsável pela compactação e descompactação de arquivos. O parâmetro “z” indica que o arquivo está em formato .tar.gz (se estivesse compactado em .bz2, usar-se-ia o “j” ao invés do “z”), “x” extrai os aquivos, “f” especifica o arquivo a ser usado e “v” exibe detalhes da operação; Após entrar na pasta criada, digita-se “./configure”, ou seja, execute o arquivo “configure”, que analisa o sistema operacional e gera o arquivo “makefile”, que conterá instruções de compilação e instalação; O make compila automaticamente o código-fonte utilizando as instruções contidas no makefile; Usando a conta de root, com o comando “su”, o “make install” realiza finalmente a instalação. Ás vezes, os pacotes estão disponíveis com a extensão .sh ou .bin. Para instala-los, basta digitar ./nome_do_programa.sh e o instalador se encarregará de fazer todo o serviço. Se não houver pacote com a extensão para a a distribuição, é possível convertê-lo usando o alien. Ex: # alien -d [nome do pacote] Converte pacote para .deb; # alien -r [nome do pacote] Converte pacote para .rpm; # alien -t [nome do pacote] Converte pacote para .tgz. ________________ 1 Onde o “#” indica que o comando deve ser executado como root, “-i” é um parâmetro passado ao comando e “pacote.deb” é o pacote a ser instalado seguido de sua extensão (.deb). Os outros exemplos seguem o mesmo padrão. Qualquer parte deste material poderá ser usada de forma livre, desde que seja m citadas a fonte e o autor