Aspectos históricos do esoterismo oportunista


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Uma intrigante consulta sobre aspectos sigilosos e históricos do esoterismo oportunista na linha do tempo.

Fui abordado na rua por um sujeito em trajes de mendigo que parecia já ter ouvido falar da minha jornada no Esoterismo Oportunista. Por mais que ele NÃO aparentasse ser um necessitado abonado, acabei concedendo-lhe alguma atenção por causa da eloquencia que lhe era peculiar, além de meu medo de ser por ele amaldiçoado. Afirmou que a origem do nosso Esoterismo Oportunista está registrada em livros que há algum tempo eram vendidos num antigo mercado de Bagdá, onde constam supostas lendas de magos (que seriam nossos precursores) enquadrados em pelo menos três grupos conforme descrevo a seguir.

 

1- Os supostos consagrados descobridores de continentes, que na verdade foram patenteando tudo que alguns outros navegantes já havia visto mas também tinham esquecido de "contabilizar" aquilo futuristicamente. Ex: Colombo e sua fama de "descobridor" da América.

2- Os precursores do marketing moderno, que conseguiram espalhar pelo mundo verdades quase absolutas do tipo: "que o queijo suíço é o melhor", ou "que os melhores relógios obrigatoriamente terão um desempenho com precisão suíça", ou sobre a tal "pontualidade inglesa".

3- Os sábios conselheiros que convenceram os antigos reis e faraós de que se fossem enfaixados com um punhado tiras e borrifados com algumas perfumarias poderiam voltar ao corpo depois de séculos, conselhos estes que foram alimentando desse modo um mercado riquíssimo dessa molambaria que somente tinha como destino o lixo.

Devo dar algum crédito a ele? Existe alguma possibilidade de ser (esse estranho sujeito) um emissário da verdade disfarçado?

O que diz nossa tradição?

Irmão Lerdo em Surtar

 

 

Meu caro irmão Lerdo

Há registros do esoterismo oportunista na antiga Mesopotâmia, desde os tempos de Nabucodonosor. Há registros de que ele foi um dos primeiros a levar a sério as vozes divinas nirvânicas. A Babilônia nada mais foi do que uma obra catalisadora dos ensinamentos passados pelas vozes.

Não esqueça que necessitados de ajuda, sem recursos, devem ser contabilizados para fins de dedução de imposto de renda. Sua atitude atenciosa é mais uma prova viva que está quase pronto para assumir destacado papel em nossas fileiras. Estou pensando seriamente em re-estruturar a Hector Hereeye Foundation, criando o posto de Vice-mago Continental. Não estou mais em idade para ir de um lado a outro do mundo, pregando a palavra, e prefiro ficar em meu chateau meditando e experimentando o tantrismo dialético.

Respondendo às suas perguntas:

A descoberta da América nada mais foi do que a voz superior orientando um de nossos destacados membros, Américo Vespúcio. Colombo, apesar de líder da expedição original, não tinha o estofo para ir além do continente africano.

O marketing, como outras atividades do homem moderno, nasceram todos do mesmo cerne oportunista. A necessidade de se criar regras e estratégias de combate à concorrência desleal, como a praticada pelo catolicismo, foi o motor destas pesquisas científicas, quando cientistas eram considerados bruxos hereges.

Não esqueça que no passado, como deve ter lido nos manuscritos do Mar de Aral, as formas de se captar recursos eram outros. O uso de linho para envolver os mortos, por exemplo, estimulava uma indústria, a de mortalhas fúnebres, 100% controladas por magos esotéricos.

Deve sempre dar crédito, cercado das garantias regulamentares, às abordagens de estranhos maltrapilhos. Reforço que não deve esquecer de lançar esta consulta para fins de dedução do imposto devido.

Espero ter respondido aos seus questionamentos.

Saudações

 

METATAGS: Esoterismo, História, Religião, Magos, Consultoria

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Heitor Caolho