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Laio Bispo

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Nietzsche e Modigliani: breves comentários acerca de um diálogo possível

By Laio Bispo /

   Há sempre momentos de ironia ao longo da história. As ressonâncias estão sempre a tecer novos fluxos e, muitas vezes, a produzir diálogos anacrônicos, descontínuos. Assim, essas potências (in) atuais, de natureza explicitamente intempestiva, agem e propiciam – à melhor maneira espinosana – bons encontros.                 Nietzsche e Modigliani estão cronologicamente afastados, estão situados […]

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A lógica (des)necessária – Sobre Cortázar e o não-senso

By Laio Bispo /

 Subverter a palavra, re-significar, fissurar premissas. A escrita de Julio Cortázar é contraponto, avesso, dês-foco, litígio, oposição à suposta ordem do real. No entanto, para Cortázar opor-se à ordem do real não significa, como para outros autores, desvincular-se dos acontecimentos que dizem respeito à realidade e aos paradoxos, e ocasionais absurdos, que a envolve. Paradoxo […]

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A negação do horror e a afirmação da vida nas pinturas de Francis Bacon

By Laio Bispo /

 Francis Bacon é um artista cuja obra sempre esteve vinculada aos aspectos medonhos da existência. Uma pintura resultante de agonias diversas que, sob o julgo dos olhares anêmicos e covardes, torna-se uma mera alusão ao horror e a miserabilidade de um sujeito decadente. É assim que vulgarmente é tratada a obra de Francis Bacon. Não […]

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Modigliani: a potência e o delírio de um artista da vida

By Laio Bispo /

 “Ele não tinha nada de parecido com alguém no mundo.”  Ana Akhmátov Amadeo Modigliani, bem como outros grandes pintores de sua época, é um artista de forças. Sua pintura não é fundada, em primeiro momento, nos aspectos técnicos e na primazia de elementos cromáticos ou em quaisquer que sejam os métodos para composição técnica de […]

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Fight Club e a destruição dos corpos-organizados

By Laio Bispo /

  “Auto-aperfeiçoamento é masturbação. Agora, auto-destruição…”    Fight Club é um filme dotado de particularidades que são, sob aspectos variados, despercebidos ou, ainda, desprezados. Vale, no entanto, ressaltar alguns desses aspectos dada a força e intensidade que alcançam.   A autodestruição é uma questão central no filme, é ela quem age como pólo distribuidor de […]

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Escrever é limpo e falar é sujo: da sujidade dos intelectuais e de suas línguas fálicas

By Laio Bispo /

             Falar, para alguns, é um ato cênico. Não é raro que nos deparemos com figuras absurdamente pomposas que parecem anunciar com palavras verdades incontornáveis. Assim, pois, criam-se os patéticos paladinos da imbecilizante cultura burguesa, os intelectuais.             Valer-se de um cardápio cultural vasto para impressionar ou sentir-se superior é, para […]

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Breve reflexão sobre o cinema de Julio Medem e o devir-mulher

By Laio Bispo /

Julio Medem é um cineasta que não abre mão do esmero processual, técnico e conceitual em sua obra. Motivado por questões diversas e versando cinematograficamente sobre temas muito delicados – e porque não dizer, moralmente conflituosos? -, Julio Medem mantém-se enamorado aos perigos próprios de temas como sexualidade, frustração (das mais diversas, perigosas e cretinas), […]

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Transfigurações

By Laio Bispo /

    As transfigurações são – muitas vezes por vias indiscriminadas – consideradas negativas, alvo de depreciações por parte dos mais conservadores e, em geral, uma ameaça a aqueles que tremem diante dos movimentos, das potências, da vida.      Transfigurar é desfazer, violentar a forma, ir contra o falseamento nutrido pelo estático.  As representações e interpretações […]