Share A imagem de nós mesmos (III) By Marcos Schmidt / Que imagem pode nos definir enquanto processo civilizatório? A imagem da degola. Literal ou figurativamente, cortam-se cabeças no Brasil. É nossa imagem mais constante. O Estado, quando chega, decepa a cabeça do cidadão. Corta sua cabeça, sua mente, seu espírito, seu cérebro. É sua missão primordial. Corte-se a cabeça antes que ela pense. Despreza-se a […]
Share Queimemos a tudo. Queimemos a todos. By Marcos Schmidt / Senhoras e senhores, mulheres e homens de bem. É passado o momento da gente decente deste país tomar as rédeas da situação. Chega de condescendência para com os pervertidos. Basta. É hora de agir. Queimemos o obsceno, o indecente, o profano, o que ofende, o que escandaliza, o que duvida, o que provoca. Transformemos todos […]
Share Digressão sobre a paralisia crítica By Marcos Schmidt / Baudelaire escreve sua apresentação do Salão de Arte de 1855 (ou 1856, que eu não me lembro) e descasca os burgueses do seu tempo num texto cheio de ironia, veneno e cinismo. Registrou-se na época que as reações foram de suave perplexidade, os presentes se perguntando se o poeta queria afirmar de fato o que […]
Share O fetiche do dinheiro By Marcos Schmidt / O maior dos fetiches é o do pedaço de papel colorido, com cerca de 13 por 6 centímetros, com uma efígie e um número estampados. Jamais o vemos dessa forma, que assim descrita pode até parecer com um santinho de candidato a vereador ou deputado. Nunca haverá confusão entre uma cédula de dinheiro e um […]
Share A cidade bruta By Marcos Schmidt / São Paulo é a brutalidade. Os paulistanos e os que moram na cidade de São Paulo são brutais. Como poderia ser diferente? A arquitetura é a mais fundamental das artes. Ela é nosso hábito: ao contrário de todas as outras formas de arte, nós a vivenciamos ininterruptamente. É um código quase invisível, que, também de […]