Administração aplicada à família: Introdução


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A Administração é considerada uma ciência. Quanto a isso, não há muita contrariedade. Pertence ao ramo das chamadas ciências humanas. E isso porque seu objeto de estudo são as organizações humanas. Embora tenha áreas específicas colidentes com as ciências exatas, como partes da Administração Financeira, da Administração da Produção, é nas organizações que as pessoas desenvolvem a totalidade das suas atividades durante a vida.
 
Toda obra humana resulta de uma organização. Mesmo Einstein era a ponta de uma organização: utilizou caneta e papel para escrever suas teorias. Ou seja, dependia de outros. E mesmo que tivesse ditado para alguém, continuaríamos a ter uma organização humana.  A sociedade, o Estado, os governos, um time de futebol, o chop no buteco… Esse conceito é bem antigo, sabemos. Mas, como já deu para perceber, a Administração não é uma ciência autônoma. Na verdade, ela se utiliza, quase que na totalidade dos casos (o conceito de “quase que  na totalidade” deve-se a ainda não ter descoberto um caso – o que não exclui, por óbvio, o meu não conhecer  – em que a Administração tenha desenvolvido um estudo próprio não derivado de outras ciências) , dos resultados de outras ciências. Isso a define melhor como uma ciência humana aplicada. Teorias e métodos de outras ciências aplicadas no estudo, fundamentalmente, das chamadas organizações de trabalho. Sociologia, Psicologia, Matemática, Engenharia, Informática, Lógica, Filosofia e tantas outras…
 
E isso, talvez, constitua a razão de ser da Administração: é das poucas ciências verdadeiramente holísticas, transversais, transdisciplinar. Sequer a Medicina, do jeito que anda atualmente, tem sido capaz de demonstrar essa competência. Os administradores são –  ou ao menos deveriam ser, quanto mais não seja pela experiência – pessoas com essa competência: holísticas, capazes de ver o todo; suas partes e conexões; e, mais além, de ver quando o todo pode ser menor que a soma das suas partes.
Há outras possibilidades, no entanto, para aplicar esse conjunto de saberes acumulados pela Administração. Em uma organização humana de um tipo muito particular: a família.
 
Cultivamos dois grandes dogmas: não levar para o trabalho problemas da família e não levar para a família problemas do trabalho. Claro que, como todo dogma, quase ninguém segue à risca. Por sinal, a grande maioria faz justamente o contrário. E seguimos na hipocrisia de achar que somos máquinas no trabalho e em casa.
 
Pois é justamente para acabar com paradigma de que somos máquinas na família que escrevo esse livro. Sim, esses posts já nascem com a intenção de ser um livro. E por que não?
 
Um livro de como aplicar as técnicas usadas para gerir organizações na mais importante das organizações humanas: a família. Gestão estratégica, planejamento, gestão de projetos, gestão de processos, atividades, informática, economia e tudo mais…
 
Desculpem aos que vêem ao Fantástico, programa que mostra que a gestão financeira do lar é a salvação. Não é! Há mais coisas emtre dois seres humanos e uma família do que ousa sonhar nossa vã filosofia…
 
Mas, como soe acontecer, dá mais ibope tratar da febre… Um casal que chega ao ponto de uma crise financeira é porque já passou por muitas outras crises sem dar a devida atenção a elas. A vida começa antes… Bem antes… Antes de começar a tesão…
É o que vamos ver…
 
Nota do Autor: Livro de ”Auto Ajuda” é algo um tanto quanto incongruente, não parece? Se precisei ler, já não é auto, ok?  Pois é, o que vai escrito é fruto apenas de uma experiência particular: 33 anos de trabalho em organizações dos mais variados tipos, entre privadas, particulares e públicas; três casamentos e duas filhas.
 
Vários temas, e técnicas usadas na gestão das organizações de trabalho, serão analisadas com vistas a sua aplicação na gestão familiar. Claro que a questão financeira será a última, posto que consequência das demais.
 
E por que aqui no Hypocrisis? Ora, no fundo, até a família é uma grande hipocrisia…
 
Próximo capítulo: sonhos, educação e autoridade: o que queremos, no quê nos tornam, o que somos!

 

About the author

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

Apenas o que hoje chamam de um idoso. Parodiando Einstein, só uma coisa é infinita: a hipocrisia. E se você precisou saber meu "currículo" para gostar ou não do que eu escrevo, pense bem, você é sério candidato a ser mais um hipócrita!