Existem as Mortes e existem as mortes…


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A morte, por ela mesma, não parece ser seletiva.

Mas nós, os humanos, com a nossa incansável mania de a tudo classificar e rotular, insistimos em classificar a morte também. Em mais importante e menos importante.

Milhares de pessoas morrem todos os dias assassinadas. No Brasil, apenas no trânsito são assassinadas mais de 45 mil humanos por ano. São as mortes menos importantes.

Outra morte categorizada como menos importante são os mais de 60 mil assassinatos anuais.

Sem contar com as mortes por insuficiência na prestação do serviço de saúde, as mortes por fome, as mortes pela simples falta da condição mínima de viver.

As mortes menos importantes são banais, ou, pior ainda, foram tornadas banais. Não nos comovem mais. Não são capazes de nos fazer levantar e protestar.

Diverso do que acontece com as Mortes. As Mortes, por estarem na categoria mais importante, agitam milhões, requerem defesa e protestos por investigações rápidas e eficazes.

Zelamos para que o Estado cumpra seu papel: elucidar a Morte. As mortes? Se sobrar tempo, pois sequer recursos existem para elas.

As Mortes vendem; as mortes não! É a nossa triste realidade.

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Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

Apenas o que hoje chamam de um idoso. Parodiando Einstein, só uma coisa é infinita: a hipocrisia. E se você precisou saber meu "currículo" para gostar ou não do que eu escrevo, pense bem, você é sério candidato a ser mais um hipócrita!