Só não dança quem não quer.


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Pegando o gancho do comentário feito pelo Rafael no editorial anterior, "quem não dança segura a criança", iniciaremos este texto falando, justamente, que só não dança quem não quer.

Sempre me deparei com pessoas que ficavam nos cantos, apenas olhando – com uma certa inveja, creio eu – as outras que se movimentavam alegremente sempre que ouviam uma música, seja ela qual for. "Eu não sei dançar", exclamavam, "não consigo, isso não foi feito para mim".

A partir daí começei a me perguntar: será que existe mesmo um critério que exclui determinada pessoa da dança?

Acredito, sim, que existam aquelas pessoas que foram escolhidas pela dança. Um dom natural. Mas, acredito mais ainda nas pessoas que escolhem a dança. Seja de maneira profissional, seja por simples diversão.

Todas as pessoas estão aptas a dançar. Sim, todas as pessoas!

Quando se fala em dança, vários ritmos começam a surgir na cabeça das pessoas, e digo que, além desses ritmos lembrados, existem mais centenas deles que a maioria desconhece. Agora, qual o motivo de eu ter dito isso? Simples, foi para chegar ao ponto em que eu falo que a afirmativa de não saber dançar não passa de uma desculpa esfarrapada de alguém que, na verdade, tem medo de se remexer.

E daí se eu faço ballet clássico? A dança contemporânea está aí justamente para libertar as pessoas das exigências clássicas que tanto assustam. Se você não é muito bom com hip-hop, que tal tentar uma dança de salão? Há sempre uma dança esperando por você, basta escolher. E, ao contrário do que muitos pensam, ela não rejeita ninguém. Sempre há espaço para mais um. (é mais ou menos como aquela história sobre coração de mãe, sabe?)

É muito fácil falar, ainda mais pra quem dança, que todos podem dançar. Ok, ok. Mas, como tudo que eu falo eu posso provar, vamos ao fato. Agora vai um banho de água fria naqueles que se sentem impossibilitados de dançar apenas porque (acham que) não levam jeito.

Que tal a dança das cadeiras? Não, não é aquela brincadeira que você fazia quando era criança. São cadeirantes que, apesar de todas as dificuldades, encontraram uma forma de se expressar: a dança.

Superando os limites impostos pela vida, essas pessoas que, teoricamente, não poderiam dançar, auxiliam o desenvolvimento de uma "nova" modalidade com raízes na dança contemporânea – ou moderna, como preferir -, inovando e descobrindo os movimentos corporais. Eles possuem até uma confederação, clique aqui para saber mais.

É claro que algumas pessoas possuem certo limite, e alguns tipos de dança têm uma exigência muito grande. Mas não acho que desistir de uma coisa sem ao menos tentar seja a melhor solução. Como eu disse, existem vários tipos de dança, é só saber qual o estilo que mais agrada o meu caro leitor.

Agora repito: todos podem dançar! Além de uma eficaz forma de comunicação, a dança, como arte, traz ao público, e a quem a pratica, prazer e conforto. É uma nova forma de encarar a realidade e de expressar sentimentos, fazendo com os movimentos do corpo o que não se consegue traduzir em palavras.

O fato de existirem diversos grupos formados por deficientes físicos é uma das provas de que a dança tem o poder de criar um mundo diferente para cada um, possibilitando novas formas de conhecimento e informações para uma vida.

E é aí que tudo se converge. Na dança como um estilo de vida.

Dance mais, querido leitor!

Au Revoir!

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Sara Gobbi