cinema paradiso é aqui


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e o assunto não é o cinema tout court, mas a juissance que se pode atingir, a possibilidade de gozar a sétima arte en france como nule part ailleurs….

o cinema nasceu, como vocês todos sabem, na frança, mais exatamente em lyon, quando os irmãos lumière inventaram o cinematógrafo, além próteses e da fotografia panorâmica completa entre outros outros. a super casa onde eles moravam foi transformada em museu, onde é possível assistir “a saída dos operários da fábrica” e a “a chegada do trem na estação”. ao lado da casa um ‘cinema de arte’.

peut-être que não por acaso nesse país é possível gozar a sétima arte como nule part ailleurs. e o assunto não é o cinema tout court, mas a juissance que se pode atingir sem nem precisar recorrer ao aparelho dvd nessas paragens. e sem nem precisar estar em paris….

por exempo, clermont-ferrand é uma cidade no centro da frança cuja aglomeração conta com 285 mil habitantes e que, entre os franceses, é o mato, a campanha…. pois num cinema dessa campanha eu tive o prazer de assistir uma cópia de “as orfãs”, do griffith – um dos inventores da linguagem cinematográfica. útil saber que o filme data de 1921, logo, mudo, assim a sessão foi acompanhada por um conjunto de câmara. a música colada ao ritmo da montagem do diretor foi sublime e tensa. hollywood já estava ali. outra sessão genial aconteceu na praça, ao ar livre, projeção de “garotos de toquio” do ozu (1932) acompanhada pela banda de jazz de erik truffaz. o filme é o mudo mais célebre do diretor, e a bande do truffaz é reputadésima aqui, resultado: a sessão se enchia de aplausos de temps en temps. espetacular.

evidentemente, em paris, é uma festa. sempre é possível assistir “o último tango em paris” no grand écran, sempre está em cartaz. fora os ciclos todos, por diretor, por tema, por gênero, por ator, as exposições (vimos uma dedicada ao jacques tati – a famosa, e tirem um tempo ver o caderno onde ele anotava suas idéias ou a carta de truffaut endereçada à ele : "aguardo ansiosamente seu próximo filme"…!! e outra expô dedicada a georges méliès : o tout débout du cinéma! tudo na cinemateca de paris no último feriado. um bijou!).

mas se nada disso o convencer que esse é o paraíso dos cinéfilos, assista à tv…. “à bout de soufle”, “les 400 coups”, “sunset boulevard”, “breakfast at tifanny’s”… não tem toda semana, mas tem. e na tv aberta. imagine que esses dias eu assisti “encouraçado potenkim”! que eu havia visto UMA vez na sala de cinema redenção da UFRGS…! isso há quinze anos, quando a projeção desse colosso (e revendo… é de uma beleza cada plano, cada cena é uma fotografia, a composição é magnífica!) causou um misto de espanto e horror ao meu ex-ex-ex-namorado, que deu uma desculpa e saiu no meio da sessão… abrouti!

pois ir ao cinema continua sendo um dos lazeres preferidos dos franceses. em tempos de crise, esses nossos, a frequentação nas salas cinema aumentou. o preço das entradas varia bastante, mas é um affaire de estado o acesso às salas por pessoas que não tenham como pagar a entrada. quer dizer, o cara que ganha o smic (o salário mínimo) tem que ir ao cinema, o estudante também.

é ou não é um petit paradis tudo isso?

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larissa bueno ambrosini