Alguma coisa sobre os Beatles, Calcinhas e Milícias


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Alguma coisa sobre os

 Beatles, Calcinhas e Milícias 

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Volta de Feriado

Escrever em semana depois de feriado não é fácil. Isto porque, para mim, a coisa mais interessante que aconteceu no país nos últimos quinze dias, foi o chá de lingerie surpresa que eu ajudei a organizar para uma amiga que vai casar. Mas não acho que isso vá interessar a ninguém que não tenha sido convidado para a festa. Existe outro fato que poderia ter virado uma história interessantíssima, mas acabou sendo frustrada. Minha avó foi internada no Instituto do Coração semana passada por insuficiência cardíaca descompensada (calma, não é essa a história ainda). Fomos todos a Porto Alegre visitá-la e ficamos no apartamento do meu irmão, situado no alto da Correia Lima, no Bairro Menino Deus. Meus irmãos e eu ficamos animadíssimos, porque da sacada do apartamento dá para ver o Beira Rio, estádio daquele time vermelho, onde – adivinhem só – iria acontecer o show do Paul McCartney. Só que no domingo fomos todos para a sacada e nada do show. Estava tudo escuro no Beira Rio e não se ouvia nem Paul McCartney, nem fãs enlouquecidos. Estranhamos, porque quando fazem gol, tanto no Beira Rio, quanto no Olímpico (que fica logo do outro lado), dá para ouvir direitinho os gritos do apartamento. Lá pela meia noite, uns fogos de artifício subiram aos céus. Pensamos então que o show tinha começado e começamos, mal e mal, a ouvir algo parecido com “Hey Jude”. Só que logo em seguida, faltou luz. Então, da teoria de que o Paul McCartney tinha tido um ataque de estrelismo e faltado ao show, passamos para a teoria de que Porto Alegre tinha entrado em curto e que, por problemas técnicos, o show tinha ido para o buraco. E logo durante “Hey Jude”. Que sacanagem. Fomos dormir convencidos de que o show tinha sido um fiasco, meus irmãos dizendo que “é por isso que o Brasil não vai pra frente” e eu ponderando que, às vezes, falta luz na Inglaterra também.

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No dia seguinte, os jornais não deixavam dúvidas: O Show foi o maior sucesso da história de Porto Alegre. Paul McCartney não só cantou todas, como também distribuiu beijinhos e disse até que era gaúcho. Moral da história é que as aparências realmente enganam. Principalmente, as vistas pela sacada.

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Frota de Elite

Semana passada, a Zero Hora publicou uma reportagem especial denunciando a formação de “Milícias” entre os taxistas de Porto Alegre. Segundo o jornalista Paulo Santana, a coisa funciona mais ou menos assim: Se você é tido como mal encarado, é negro ou mora perto de bairros suspeitos, o motorista do taxi entra em contato, por rádio ou celular, com colegas do ponto mais próximo, onde você poderá ser interrogado, revistado e até agredido por membros da corporação. Pelo que pude perceber, após passar o final de semana sem ler jornais gaúchos, o “escândalo” se consumiu em mais ou menos três dias. Não vi nada mais sobre isso no jornal de hoje. Ainda assim, vale o comentário: Porra! Mas que merda einh? Era só o que faltava mesmo, taxista com cassetete que dá choque, bancando polícia.

 
Frota de Elite II

Aparte indignação, é realmente preocupante o tanto que as pessoas desacreditam do poder público. Os taxistas entrevistados pela Zero Hora esta semana falam abertamente que nem passa pela cabeça deles acionar a polícia durante as situações em que se sentem ameaçados. Dizem que o único apoio que têm é o dos colegas. E contam, também, seus mortos nos dedos: desde 2003, vinte e oito taxistas teriam sido assassinados em serviço. Engraçado que segurança pública é uma das áreas que até os privatistas consideram “estratégica”, devendo, portanto, ser exclusiva do Estado. Sendo um consenso, deveria funcionar. Mas não funciona. Não funciona por quê? Não funciona por causa do “Sistema”, com diz o capitão nascimento. E o Sistema, parceiro, o Sistema é foda.

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Tudo pode ficar pior

Mas tudo sempre pode ficar pior. Não bastasse os taxistas, hoje li no jornal que o Tarso está indo para Lisboa, se encontrar com o Doutor Pedro Westphalen. Por quê? Ficou doente? Não. Antes fosse. Tarso, que está em Madri, vai a Lisboa para conversar sobre a entrada do PP na base aliada do futuro governo. Dois detalhes: Um, o PP não quer entrar para a base aliada do governo. Tapam o nariz quando passam perto dos petistas, principalmente os mais de esquerda. Dois, Pedro Westphalen foi, nada mais, nada menos, que líder do governo Yeda na Assembléia. Mas como eu disse, tudo sempre pode piorar. A notícia do dia é que Pedro Westphalen é bom nome para ocupar a Secretaria de Saúde. Por quê? Provavelmente porque tem a sorte de ser médico, além de ser de um partido cujas cabeças interessam ao futuro governador. Espero sinceramente que esta especulação acerca da secretaria de saúde seja mais uma das “torcidas” da Zero Hora. A Zero Hora aliás, tem escandalosamente tentado influenciar a composição do governo Tarso. Outro dia, na Página 10, coluna em “homenagem” à qual criei a Página 11, a jornalista Rosane de Oliveira teve a coragem de sugerir o nome de quem deveria assumir a assessoria de imprensa do Tarso, para “não criar conflitos”. 
 
Vamos ver se o Tarso volta de Lisboa sem o Pedro e de preferência, sem o PP. Bem que aquele avião que estava indo para Madri teve problemas técnicos no ar e precisou voltar para São Paulo. Sinal de que a viagem não ia terminar bem e de que era melhor nem ter ido.

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Falando em saúde
 

Minha vó, a propósito passa bem. Ainda inspira cuidados, mas segue firme e forte nos seus 94 anos. Terá ainda mais alguns shows e composições de secretariado pela frente. Vamos ver se o resto de nós terá coração para acompanhá-la. 

 

 

 

 

 Até a próxima, pessoal! 

About the author

Diângeli Soares