Sam & Max – a Polícia Freelance em quadrinhos (parte 2)


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Eles estão de volta! A Polícia Freelance coloca o pé na estrada e parte numa viagem pela América. No caminho, piratas de asfalto, aliens no Antigo Egito e um Natal em família.

Promessa é dívida, e eles estão de volta!

A primeira Mundo Quadricolor de 2009 retoma a biografia quadrinística de Sam e Max, desta vez acompanhando a mais longa aventura dos amalucados policiais freelance. (Se você perdeu a primeira parte da matéria, clique aqui.)

Mas agora chega de papo. Peçam um cachorro-quente no palito e um picolé duplo de laranja, preparem suas armas gigantes e pé na estrada!

* Fair Wind to Java

A história começa com Sam e Max chegando a um bar, onde Max pede "cândida, num copo sujo". O telefone do bar toca, e o barman passa o telefone para Sam chamando-o de McGruff (cachorro que estrelava vinhetas de prevenção policial dirigidas a crianças). Por telefone, o Comissário diz a Sam que há problemas no Antigo Egito.

MAX: Vamos viajar através daquele portal dimensional no teto do bar.
SAM: Aquilo é uma mancha de cerveja, cabeça de pedra!

Como já acontecera na aventura nas Filipinas, o quadrinho seguinte já mostra Sam e Max no Antigo Egito. Assim que chega, a dupla vê grandes naves alienígenas arrastando pedras para construir as pirâmides (confirmando aquela velha teoria conspiratória que todo mundo já ouviu, lembra?). O detalhe assustador é que os ETs estão usando humanos não só como mão-de-obra, mas também para alimentar suas máquinas.

Enquanto Max se assusta com o fato dos homens egípcios usarem maquiagem nos olhos, Sam lembra que os alienígenas devem ser impedidos de forma sutil. Afinal, qualquer intervenção mais aberta pode alterar o contínuo espaço-temporal. Usando Max para entupir o "processador de humanos", Sam enfrenta Krotalus, temível general alienígena de três olhos – e todos usando óculos.
Um chute ágil derruba Krotalus, e Sam usa a arma do vilão para expulsar suas tropas. Sam e Max voltam para a Nova York contemporânea de táxi (!), e passando por uma agência de turismo descobrem que inadvertidamente alteraram a história. Como eles descobrem isso? Bom, eu diria que a esfinge com cabeça igual à do Max foi uma boa pista…

* The Damned Don’t Dance

Um aprazível e agradável conto de Natal, mostrando Sam e Max abrindo os presentes e preparando a ceia.

Quando tudo já está pronto, Sam pede a seu amigo lagomorfo que vá buscar os parentes de ambos na estação de trem – e pede também que Max "lembre de vendá-los, para que eles não aprendam a chegar aqui". A história termina com as famílias de ambos reunidas em torno de um grande peru, e Sam propõe um brinde dizendo que "compraria presentes para todos, mas nem pensei nisso".

Nesta história, Purcell brinca com o fato de que todo mundo confunde seus personagens, fazendo com que eles próprios se confundam. ("Acorde, Sam…quer dizer, Max!")

* On the Road

Esta história se divide em três capítulos:

– Prisioners of the Casbah

Sam e Max começam a história praticando tiro em uma simplória boneca de porcelana, que Sam propões que seja trocada por "uma dúzia de ovos com desenhos dos rostos de pessoas de quem não gostamos". Antes que eles tenham a chance de fazê-lo, porém, o Comissário liga, comentando que a dupla anda exagerando na violência no combate ao crime. Ele sugere que os detetives tirem férias, como aliás também fez seu vizinho Flint Paper.

Sam e Max decidem viajar, não antes de fazer algumas compras na lojinha da esquina. Dando de cara com um assaltante ao entrar na loja, os dois contêm o bandido (com direito a Sam mordendo o braço do meliante, atitude que o próprio Sam considera um sinal de stress) e é convidada pelos proprietários a pegar "tudo o que quiserem". Carregando tanta junk food quanto seus braços agüentam, os policiais freelance partem sem destino definido.

Antes do começo do próximo capítulo, um interlúdio de uma página descreve o típico restaurante de beira de estrada, com suas garçonetes obesas te chamando de "queridinho" e incontáveis formas de vida crescendo embaixo da mesa.

– I Love a Band Leader

Voltamos a acompanhar a viagem já com Sam e Max na estrada – com Max dirigindo, cena que não se repete muito ao longo da série – pouco antes da dupla parar para almoçar na Fazenda de Répteis e Parque dos Dinossauros do Earl. Sam e Max não chegam a encontrar o tal Earl, mas partem de sua fazenda ao toparem com uma gangue de motoqueiros perseguindo o trailer de uma família.

Vendo uma "boa desculpa para atirar em coisas", a dupla entra em seu DeSoto e parte para enfrentar os bandidos. Com táticas no mínimo peculiares (como usar Max como bastão), Sam e Max livram a família de problemas e seguem sua viagem.

Com fome, Max pede a Sam que pare num restaurante de beira de estrada. Diante da recusa do amigo, Max pergunta se há algo errado e Sam conta uma assustadora história envolvendo o local – a lenda da monstruosa e canibal Tia Alice, que assombra as filiais do tal restaurante, procurando pessoas para devorar.

Não demora muito até que tia Alice surja na frente do carro da dupla, quebrando o pára-brisa e atacando Max. Ela aperta o pescoço do coelho, que logo acorda e descobre que estava tendo um pesadelo.

SAM: Max! Ei, Max, acorde! Você está perdendo toda a diversão!
MAX: O que aconteceu?
SAM: Um espírito do mal de dois metros de altura parou na frente do carro, então eu passei por cima dele. Parecia que eu tinha atropelado um saco de roupa suja. (suspiro) Espero que não tenha estragado os pneus.

Na manhã seguinte, os heróis chegam a outro museu de beira de estrada, apenas para descobrir que piratas de estrada (!) roubaram todas as atrações do local, incluindo os leões-marinhos que serviam de mascotes ao proprietário. A perseguição aos piratas leva Sam e Max a Nova Orleans, onde eles de fato encontram um galeão espanhol com rodas (!!)

Após uma batalha que não termina bem, a Polícia Freelance é amarrada e ouve o capitão dos piratas explicar que ele e seu grupo eram funcionários de escritório. Cansados da entediante vida de relatórios, canecas de café e calendários engraçadinhos, eles se tornaram bucaneiros e passaram a roubar atrações de beira de estrada.

Estes roubos têm por objetivo montar um parque temático para as futuras gerações de piratas – mas que futuras gerações, se nenhum deles é exatamente atraente? Aí é que entram os leões-marinhos. Afinal, durante muito tempo esses animais foram confundidos com sereias por navegantes bêbados / míopes / ambas as anteriores. Enquanto os piratas cantam uma música sobre suas "esposas" marítimas, um deles sugere que Sam e Max sejam jogados em cera quente.

Quando tudo parece perdido, a tradicional salvação deus ex machina vem na forma de Ratzo, um polvo amigo da dupla de detetives, e seu grupo de cefalópodes. Após uma luta em que os piratas amarram a si mesmos, a equipe de Ratzo decide levar os piratas para a Disneyworld. Quando Sam pergunta se pode fazer alguma coisa pelos polvos, Ratzo pede que o detetive "diga aos japoneses para pararem de comer polvos. Nós somos muito inteligentes, sabia? Ei, conseguimos até abrir potes!"

Libertos dos corsários de rodovia, Sam e Max devolvendo os leões-marinhos a seus verdadeiros donos.

– Curse of the Faceless Man

Já voltando para Nova York, nossos heróis param para um conserto de rotina em seu carro. Enquanto um mecânico enrolador verifica o motor do DeSoto, Sam e Max decidem passear no shopping.

SAM: Veja só todas essas lojas, vendendo um monte de porcarias das quais nunca vamos precisar.
MAX: Eu adoro porcarias das quais nunca vou precisar…são meu tipo favorito de porcarias!

Após o passeio, a dupla volta à oficina para retirar seu carro. Diante de uma conta astronômica, Sam resolve pagar com souvenirs contrabandeados do México. "O preço que vão te pagar por isso tudo nas ruas vai pagar nossa conta, e com sobras", explica o cachorro.

A última página desta história mostra Sam e Max "surfando a rodovia" – na verdade, ficando de pé no capô de um carro em movimento – pela primeira vez.

Termina assim a segunda parte da nossa matéria. Ela volta daqui a dez dias, com a conclusão das histórias em quadrinhos de Sam e Max. O que aguarda nossos heróis? Duas viagens bizarras e uma visitinha ao supermercado…

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Tiago Andrade