Admirável Mundo Novo


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Na estréia da seção de literatura do OPS!, Felipe de Amorim saúda O Pensador Selvagem… e aproveita para dar alguns avisos sinceros aos leitores.
Eu não sei o que vai acontecer. Nesse momento, O Pensador Selvagem é uma novidade tanto para mim quanto para você. Não que eu esteja receoso, ou em dúvida.

Eu não sei o que vai acontecer. Nesse momento, O Pensador Selvagem é uma novidade tanto para mim quanto para você. Não que eu esteja receoso, ou em dúvida. O OPS! é uma impressionante reunião de talentos e das melhores cabeças que a internet brasileira tem para oferecer. O fato de que eu fui convidado para participar… bom, todo grupo tem que ter seu elo mais fraco…
 
Mas, ok, vamos assumir que você, leitor, está completamente perdido. Eu sou Felipe de Amorim. Isso é, basicamente, tudo que você precisa saber sobre mim. Sou o responsável pela coluna de literatura das segundas do OPS! Ganhei esse espaço por causa do meu blog, o Retrato do Artista Quando Tolo onde eu, adivinha, adivinha, discutia literatura. Quer dizer, discutia literatura e postava fotos pornográficas de celebridades. Não pretendo fazer nenhuma grande mudança no meu estilo, nesse novo território a ser desbravado. E, justamente por isso, acho bom deixar claro desde já quais são as regras do jogo.
 
Eu não sou um cientista. A crítica literária é, forçosamente, subjetiva. Sempre. Toda. Invariavelmente. Eu não estou me arrogando nenhuma capacidade mística de suprema exatidão. OK, eu sei uma coisa ou duas que vocês talvez ignorem, mas tudo escrito aqui deve ser encarado como sendo essencialmente opinativo. Ou, em termos mais claros, deve-se ter em mente que, vez ou outra, eu falo merda.
 
Todo mundo tem razão. Justamente porque a crítica literária é subjetiva, não existe ninguém que tenha muito mais razão no que diz do que outro. Tá certo, não devemos chafurdar no relativismo… a opinião de um Antônio Cândido tem muito mais peso que a de um Reinaldo Azevedo, por exemplo. Afinal, um é o principal crítico do Brasil (e avô da gostosa da Dora Vergueiro!), e o outro é uma besta. Mas até mesmo besteira tem lá seu valor. Mesmo que uma opinião sobre um autor esteja completamente mal-fundamentada, algo pode ser compreendido sobre a obra, ou sobre nossa sociedade, analisando o que causou a incompreensão. Além disso, vale lembrar que a melhor crítica literária que vi até hoje foi de um velho amigo que, após ler um conto declarou: “Essa história me deu fome”. Sincero, visceral. Esse sim é um parâmetro a ser seguido.
 
Essa coluna é sobre mim. A idéia do Retrato do Artista Quando Tolo era, bom, ser um retrato. Uma espécie de diário aberto do meu processo de desenvolvimento criativo, uma oportunidade para ver de perto como se dá a formação de um escritor. Nesse contexto, as resenhas literárias estavam lá para que meus leitores (que eu nunca esperei que fosse ser muito maior que a chusma usual dos meus amigos), pudessem saber o que eu andava lendo, e como isso me afetava ou influenciava. Me revelar, através dos autores que gosto (e principalmente através dos que eu não gosto) e do que eu pensava e sentia sobre eles. Isso não muda. Considere essa coluna mais como um projeto pessoal, um diário de leituras íntimo ao qual vocês são convidados a espiar, de forma não pouco voyeurística. Assim, tenha em mente que:
 
Isso aqui não é o ShopTour. Eu não recebo nenhum dinheiro de editoras. Nem de livrarias. Eu não trabalho em nenhuma editora, nem tenho amigos no ramo. A decisão sobre de que livro, autor ou fenômeno literário vou tratar aqui é totalmente minha e não é influenciada por merchan ou vantagens de nenhum tipo. (Mas posso ser cooptado! Corruptores, escrevam!). O lado bom é que você não vai ter que aturar pautas de mil linhas sobre o lançamento soto-literário do momento… nada de Dan Brow, não quero saber do Segredo de ninguém, nem de caçar pipas e não leio absolutamente nada que tenha “Cabul” no nome. O lado ruim é que, de vez em quando, eu vou falar de uns livros bem obscuros por aqui. Aliás, encaro essa como minha tarefa principal: fazer vocês tomarem consciência de autores de que ninguém mais está falando. Pro arroz-com-feijão, vocês tem a Folha. Aqui, esperem para breve a resenha sobre as “Crônicas da Companhia de Jesus” de Simão de Vasconcelos. Encarem como uma ameaça.
 
Por fim:
 
Eu minto. E com frequência.
 
Por exemplo, não tem pornografia de celebridades no meu blog. Mas aposto que fiz no mínimo metade de vocês ir lá olhar.
 
Admirável mundo novo este que possui tais pessoas nele. Vai ser divertido participar. Espero que vocês sintam o mesmo.
 
Boa semana e até segunda que vem.
 
 
 
About the author

Felipe Damorim

Felipe Damorim se formou em uma faculdade, e desistiu de outras duas. Editou livros, publicou contos, manteve blogs e dirigiu filmes. As pessoas dizem que gostaram de tudo, pelo menos na cara dele.