Física 2


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Quando terminei o meu último trabalho “Princípios da física” lembrei do que me aconteceu qundo era adolescente e que isso também poderia servir de exemplo para o que estava expondo. Mas para não me estender demasiado resolvi reservá-la para um novo trabalho, o de hoje. Vamos lá. Tinha lido os ensinamentos da mecânica do famoso cientista inglês Isaac Newton, (1642-1727), e aprendi que era impossível distinguir se um corpo em movimento uniforme estaria realmente em movimento ou parado. Por exemplo, suponham que estou dentro de um trem em movimento uniforme com todas as janelas fechadas e que a sua via permanente, ou seja, os trilhos, são de tal qualidade que não provocam qualquer balanço ou trepidação, nada que dê ideia que esteja em movimento. Estar assim em  movimento ou parado, para quem está dentro do trem, tem o mesmo significado físico. Não há como distinguir um do outro. Um caso semelhante ocorreu-me nessa altura. Também tudo que vive na superfície da Terra está em movimento acompanhandp a rotação do planeta. No entanto nada nos diz que estamos em movimento exceto a referência externa dos astros. Aliás como Galileo defendeu e foi condenado pela igreja católica. Mas a minha convicção foi abalada pelo que assisti no cinema. Um grupo de patinadoras no gelo formava uma frente, uma ao lado da outra de braços dados. Aí elas começaram a girar em torno de um dos extremos cada vez mais rápido. A moça no centro do giro não saia do seu lugar girando o corpo lentamente, mas as outras tinham que rodar cada vez mais rápido quanto mais afastadas do centro de rotação. A última então rodava o mais rápido que podia para acompanhar as suas companheiras. Então imaginei o seguinte experimento físico: suponhamos um canhão colocado na posição vertical de tal forma que o seu eixo esteja na linha reta passando pelo centro da Terra. Se disparar um projetil ele voltará quando perder o impulso e, pensava eu nessa altura, cairá exatamente no mesmo ponto de onde partiu. Mas aquelas patinadoras diziam precisamente o contrário. À medida que sobe o projetil mantém sempre a mesma velocidade de rotação inicial, ficando cada vez mais atrasado em relação a vertical da posição inicial. E o mesmo acontece quando o projetil cai de volta na Terra, só que se atrasa cada vez menos até chegar ao chão. Quer dizer cairá bem atrás da posição de onde partiu em sentido contrário à rotação da Terra. Mas então, como se faz para colocar um satélite de comunicação estacionário? É preciso lançá-lo não na vertical mas inclinado no sentido da rotação da Terra e fazer com que o missil acelere cada vez mais a sua velocidade horizontal de rotação à medida que sobe. Ou seja, é preciso imprimir ao satelite uma força vetorial horizontal que vai aumentando gradualmente, conjugada com uma força vetorial vertical que vai diminuindo também gradualmente. Como vocês sabem uma força vetorial é uma força que atua numa direção definida, representada por uma seta indicando a direção e com um comprimento equivalente ao valor da força, Para cada posição do satélite no seu movimento até chegar à sua órbita na prumada sobre o local desejado na terra, com o qual manterá a mesma relação para sempre, é possível calcular a combinação dos dois vetores e assim imprimir e controlar a sua subida. Este exemplo de aplicação da análise vetorial a um evento físico mostra bem a importância da matemática no avanço da tecnologia.

Até à próxima.       

 

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Henrique Cruz