Uma Celebração Contagiante


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    Apesar de o Papai Noel estadunidense também ter se infiltrado no Natal alemão, famílias mais tradicionalistas e adultos nostálgicos mantêm viva a imagem do Menino Jesus e a magia das festas natalinas.
    Pela tradição alemã a árvore de Natal é enfeitada apenas no dia 24 de dezembro e só pode ser vista pelas crianças após a ceia, ao soar um “sino pequenino” que anuncia a chegada do Menino Jesus.

    Do outro lado do atlântico a árvore de Natal é um pinheiro natural, o que não é novidade para quem está cansado de assistir a filmes hollywoodianos, porém, os presentes não são distribuídos pelo velhinho de vermelho, mas sim por uma criança muito conhecida por todos, o Menino Jesus.

    Pela tradição alemã a árvore de Natal é enfeitada apenas no dia 24 de dezembro e só pode ser vista pelas crianças após a ceia, ao soar um “sino pequenino” que anuncia a chegada do Menino Jesus. O menino sagrado presenteia os pequeninos que se comportaram bem durante o ano, assim como o bom velhinho faz, mas sem ter que se pendurar em chaminés e engolir cinza. Mais que um mero entregador de presentes, o Menino Jesus é um dos únicos elementos religiosos que ainda faz parte do ritual natalino alemão, uma vez que o Natal, assim como no resto do mundo, tem perdido seu significado religioso para tornar-se apenas mais uma celebração mundana do consumismo.

    Mesmo assim, tendo o consumo como parte mais destacada do Natal, os ritos de celebração criados para enfeitiçar – ou ludibriar – as crianças ainda ressoam no coração de adultos que buscam a cada fim de ano reviver os momentos mais fascinantes de suas infâncias. E é essa nostalgia que transforma as festas natalinas alemãs em uma experiência mágica para aqueles que se permitem enfeitiçar pela atmosfera contagiante dos Mercados de Natal ao ar livre.

    Quando a noite fria cai – já a umas cinco horas da tarde – os Mercados de Natal, abertos em praças ou jardins de castelos medievais, tornam-se os pontos mais quentes do dezembro alemão. Iluminados por fogueiras, repletos de barracas de venda de agasalhos, souvenires variados e enfeites natalinos, os mercados são regados a muito vinho quente, sopa de batata no pão, os tradicionalíssimos pães de mel com nozes e cobertura de chocolate, os famosos pães com salsicha de meio metro e, claro, uma alegria contagiante estampada nos rostos de da multidão embriagada de vinho, mas principalmente, inebriada por uma magia onírica que só o Natal consegue impregnar na alma das pessoas.

    Assim, apesar de o Papai Noel já ter começado a escalar as chaminés de alemães menos tradicionalistas e mais abertos à – ou ignorantes da – invasão da cultura estadunidense, e também apesar das temperaturas baixas e da escuridão que se apossa do país durante meses de inverno, o Natal chega para transformar a vida das pessoas, para iluminá-las com uma energia positiva que as fortalece para encarar o novo ano que se aproxima, mesmo que seja por apenas alguns dias de celebração.

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Ariadne Rengstl